Eu acho que a minha noção de respeito é um pouco problemática. Não que eu não respeite os outros, pelo contrário, mas na hora de agir eu estou tão preocupada em ser eu mesma que esqueço que o outro também é alguém.
Por exemplo, eu não uso as palavras senhor e senhora. Por que usaria? Só para exaltar a diferença de idade entre mim e o interlocutor? Para ele olhar para mim, na flor da idade, pensar em si mesmo, se deprimir, dar meia volta e pular de uma ponte? Ah, não! Muito mais interessante manter a jovialidade e ainda dar um toque de intimidade. Você.
Aí que terça-feira passada teve laboratório de Química. E nós fizemos esse teste das chamas muito, muito demais! Depois de mergulhar um ferrinho numa solução metálica, a gente colocava numa chama, e ela, TCHANTCHAM, mudava de cor!!! Ficava rosa-alaranjado, laranja-amarelado, amarelo-esverdeado, verde. E o verde foi o melhor, com a solução de cobre. Tanto é que, quando a professora estava querendo terminar a experiência, eu não pude evitar um
– Bota o cobre de novo!
acompanhado de batidinhas no braço dela.
A turma só riu, e ainda insistiu em comentar e rir depois mais ainda! Preciso de aulas de etiqueta.
Um comentário:
Ser você mesma é muito mais engraçado e nem um pouco desrespeitoso. Bom, essa é a minha opinião, né. x) Eu me lembro dessa experiência com o fogo nos meus tempos de colégio e posso dizer que a sua euforia é totalmente compreensível. ;D Sobre os pronomes de tratamento, eu também não consigo chamar ninguém de senhor ou senhora, pelos mesmos motivos. ^^ Na verdade, eu uso 'moço' ou 'moça', o que acaba soando ainda mais estranho do que o 'você'. ;x
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