terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Um conto de Natal

Como sempre, vou ter festa em família, mas vai ser bem legal... como sempre. Tias e mamãe me intimaram a fazer alguma coisa com os primos mais novos, e bolei uma peça sobre um garoto que não gosta de tomar banho mas quer virar o Homem-aranha como milagre de Natal! Acho meio difícil os primos colaborarem como a minha obra-prima (até parece!) pede... mas faremos o que dá.
Pra mamãe eu não ousei mais comprar roupa (já que a última blusa que eu comprei ela teve que trocar por um vestido mais bacana e pagar uma diferença de meros cinquenta reais) nem CD (o da Nara Leão está cuidadosamente guardado e só foi escutado uma única vez), então fui atrás de um... livro! Gabriel García Márquez, é bom ela amar.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Ufa

Deu certo!

Desabafo

Vocês devem se lembrar de quando falei estar agindo mais como uma adolescente do que aos 15 anos, colando pôsteres no quarto e falando pelas costas. Pois é.
Essa história de tentar agir como eu realmente sou, e aqui quero dizer adolescente e não Janaína, não tem dado muito certo... Eu tenho me perdido. Pra valer.
Eu até comprei e li On the Road para poder me encontrar e fugir de casa, para ajudar ainda mais em toda essa história de autodescoberta, e adorei, adorei mesmo, só que não adiantou muito. Eu não absorvi. Não absorvi que estudo não importa, passar no vestibular não importa, repetir de ano?, ah, isso que não importa mesmo! O que rola, minha gente, são as amizades. É estar com outra pessoa e ser você mesmo. Sem se trancar, sem se fechar, nem com chave de ouro, é portas escancaradas e cortinas abertas, bem simples.
Eu ignorei tudo isso.
Fiquei fissurada em vestibular quando tinha as melhores companhias ao meu lado. (Até aí tudo bem porque terapia ajudou a me manter nos eixos, mas tem mais, claro.) E menti. Sobre algo que nem tinha nem tem importância, mas era uma mentira para alguém a quem devia sinceridade, portas escancaradas e cortinas abertas, bem simples.
Sem muitos frufrus e com só um pouco de medo de estar exagerando: desculpa.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Sobre filmes angustiantes

Não, não dá! Vou ver um filme esperando uma comédia metida a besta e então vem uma comédia dramática (hoje descobri que elas existem) e um protagonista que só se mete em frias.
Só que eu absorvo toda a vergonha dele pra mim e ai de quem estiver sentado ao meu lado na sala de cinema! (No caso de hoje à tarde foi uma amiga com o mesmo problema, que, ao invés de falar como não dava para aguentar um filme daqueles e fazer caretas, mordia a bolsa. Ai da bolsa que ela estiver trazendo!)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Conversas comigo criança

Eu vivia preocupadíssima com o que eu tornaria, e viva fazendo listas das coisas proibidas ao meu eu adulto. Outro dia, por acaso, acordei com cólica, me forcei a ir até a parada de ônibus, fiquei com pressão baixa e testa gelada, voltei, vomitei, dormi e vi Forrest Gump quando acordei, e o Forrest disse algo bem legal quando o perguntaram se ele não pensava no que seria quando crescesse: Como assim? Eu vou ser eu mesmo, não?
Desde que eu fiz esses quadrinhos consegui algumas coisas, mas nada muito direto: tentei escrever um livro, sem muito sucesso, li um do mesmo autor de O Mundo de Sofia e adorei, votei e ambos os meus candidatos ganharam e deixei de ir ao colégio sozinha porque eu vou ficar um bom tempo sem ir ao colégio - até os meus filhos nascerem e crescerem, pelo menos. (Já que eu vou passar no vestibular, eu vou passar no vestibular, eu vou passar no vestibular!)
Oh, sim: a idéia original não é minha, é da Kate Beaton, então créditos para ela! (E eu sei que o título ficou todo breguinha, é que eu tava tentando fazendo algo mais... fashion.)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Seis coisas aleatórias

Quem me passou foi Luisa, como quase sempre, hihi! Como não tenho planos de indicar ninguém (ou, o que também é um ponto de vista aceitável, eu poderia escrever que repasso o meme para todos os interessados!), não vou colocar as regras para não parecer... rebelde.
Enfim, o meme: seis coisas aleatórias sobre mim!

1) Eu envio e recebo cartas desde os onze anos
Isso foi da época em que eu comecei a usar a internet, o que é até irônico, porque foi com pessoas que eu conheci na internet que surgiu a idéia de trocar cartas! Já cheguei a ter três, quatro correspondentes, mas agora, seis anos depois, só uma resistiu. (E ainda bem, porque nossas cartas são tão longas - coisa de 6, às vezes 10, folhas - que eu não sei se aguentaria escrever mais do que isso!)

2) Fazia aula de saxofone
Comecei em 2006 e parei por causa do vestibular. Eu gostava muito, o problema é que eu não tinha fôlego para nada e pra piorar também não fazia nenhum exercício físico! (Nem faço.) Quero voltar ano que vem, como também quero começar uma ioga e um curso de desenho e voltar para o Inglês. A última música que eu tava aprendendo a tocar era Wave. (Vou te contar... Os olhos já não podem ver...)

3) O presente mais tcham que eu já dei foi um filme
Era um jornal chamado Jornal do Luau, que eu não lembro se tinha meia ou uma hora, mas foi tão divertido fazê-lo! Fui pra cozinha, coloquei a mesa no centro, pintei umas coisas para ficar ao fundo, coladas na geladeira, e tive que filmar trechos de no máximo cinco minutos, porque é só o que cabe na minha câmera... (Eu até diria que ainda é a mesma, só que eu meio que a quebrei anteontem... Bom, vamos levar ao conserto e ela ainda tem chances de sobrevivência!) O demais é que não tinha coesão nenhuma, além de ter os piores erros de português! Felizmente para mim e para o meu orgulho, a gravação se perdeu.

4) Coleciono marca-páginas
A coleção tá bem grandinha e bonitinha, mas a maioria ainda é de livros de auto-ajuda... uma pena!

5) Esse ano eu tentei escrever um livro
Eu escrevo histórias aqui e acolá, nada demais, no geral só coisinhas clichês e sem final. Mas depois de conhecer o NaNoWriMo, eu fiquei com uma baita vontade de escrever algo sério, e realmente me dediquei... durante oito dias. Depois a ficha de que eu estava fazendo vestibular esse ano caiu e parei de escrever diariamente. Bom, a meta era 50 mil palavras, fiz 12 744, em 36 páginas, já é alguma coisa, né?

6) A letra A do meu teclado está quase apagada
Vê-se que eu não fazia a mínima idéia do que escrever aqui, aí olhei pra baixo e notei isso... As outras mais apagadas em ordem decrescente são o C, o S e o V. Vai entender!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Finalmente fim

Ontem tive o maior prazer do mundo desabilitando o despertador, mas agora nem sei o que escolher no leque infinito de coisas interessantes a fazer.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Como a gente se conheceu

Seguindo a onda do ano passado, fiz mais uma historinha para uma nova amiga contando como nos conhecemos, piadas internas e momentos de risada extrema! É engraçado como dá pra notar fácil a minha melhora, viu! Ainda que eu prefira a primeira em relação ao roteiro, que é mais dinâmico e divertido, essa segunda tá mais bem tratada (não, isso não foi um erro de português, antes de particípios se usa mais bem e não melhor!) e mais bem desenhada também, acho...
Pra falar a verdade, eu tava com um pouco de vergonhinha de colocá-la aqui, hm, mas acho que já deu pra notar há muito tempo que eu sou introvertida e mais um pingo não vai fazer diferença numa poça d'água! (E, de qualquer jeito, isso foi de 2006, agora eu tenho dezessete anos, sou madura e cheia de autoconfiança!)
(GASP.)
Outra parte do presente, minha favorita, na verdade, hihi, foi um cartão feito com metades de envelopes, dica carinhosamente aproveitada daqui, e me diverti comprando os mais coloridos na papelaria, cortando desenhos, imprimindo fotos, usando todas as minhas canetas e expressando o meu carinho!
Na metade furada da metade do envelope, que ficou para o lado de fora do cartão, eu aproveitei para colocar as tais fotos impressas, recadinhos trocados e guardados (justamente para ocasiões como essa!) e, na última, de surpresa: bilhetes amáveis de professores! Adorei tanto o jeito que ficou que morri de pena de dar, aí bati um monte de fotos dele, de frente, de costas, de bruços, fazendo pose de galã! Só que como eu fui um tanto íntima no que eu escrevi, não vai dar pra pôr aqui como eu geralmente sempre faço... Quer dizer, daqui a pouco vocês que lêem vão saber mais de mim do que eu mesma!
Oh, sim, ressalvas quanto aos quadrinhos:
1) Eu não pinto tão pessimamente assim, a culpa, claro, é do scanner!
2) O tal livro era algum dos volumes de As Brumas de Avalon.
3) As personagens principais da história não são nem eu nem a presenteada, e sim Artemis e Nina, naturalmente, mas compreendam que o cachê delas é muito alto para mim e só pude pagar o suficiente para uma mínima aparição no último quadro. (Em outras palavras: a amiga presenteada faz parte do fã clube Tenho Ciúmes das Gatas da Jana, TCGJ.)

ITA

As provas começaram na terça-feira à tarde, e foi com muita sorte que eu consegui não ser eliminada de cara, porque nem sabia que tinha que descontar o horário de verão! A prova começava às 13h30, ou pelo menos era o que eu achava, mas, na minha ânsia de pontualidade, saí de casa meio-dia e meia para chegar no lugar de prova às treze horas. O lugar era perto, apareci por lá 12h40, e é claro que a prova já tinha começado!!! Nem sei como consegui entrar, mas uma fiscal veio rapidinho perguntar:
– Oi, mocinha, o que você está fazendo?
– Hm... indo pra prova...!
– A prova já começou.
– Quê?!?! Não é só uma e meia?!
– 12h30, minha cara!
– Horário de verão!!!!
– Por isso que eu achei você tão calminha...
E eu, que já tinha roído um monte de unhas no carro de nervosismo, só piorei! Por pura sorte, a minha sala, a número um, era ironicamente a última, e a prova de Física ainda não tinha começado por lá!
Aí começa a parte da reflexão: só a prova do primeiro dia é à tarde. O motivo eu não sei, por que na verdade eu sou super desinformada no assunto vestibular, mas, puxa!, se a prova fosse pela manhã, eu teria preferido dormir a chegar cedo, e na certa teria perdido o horário! Não perdi, a prova era à tarde, e nos dias seguintes me preparei para voltar a acordar cinco e meia da manhã. Não que eu tenha decidido dormir um pouquinho mais cedo, já que Capitu começou e eu realmente queria ver (e é um amorzinho, apesar da teatralidade me irritar às vezes!), o que eu fiz foi dormir à tarde.
Honestamente, eu não acho que eu passo, já que não tive nenhum preparo direcionado e nem estudei direito ao longo do ano, eu fiz mais para... me testar. (Por mais que isso soe muito, muito idiota.) Só que ouvindo umas conversas pós-prova, nem sei mais se minha chance é pequena assim... As provas foram boas, difíceis sim, mas eu gostei. Na proposta de redação teve tirinha do Laerte e minhas respostas às questões de matrizes foram lindas. Mas o melhor foi um ascenção na prova de Física! Eu vi e estranhei, até ri, aí anotei na mão para checar quando chegasse em casa e... desculpa, ITA, mas é impossível existir resposta para uma pergunta que nem tá no dicionário!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Infância I

Essa história do remédio é provavelmente uma das favoritas da minha infância, junto com lembranças do tempo em que eu vivi num sítio e nós levávamos as cadeiras da varanda para a grama, ficávamos num roda e conversávamos sobre os mais diversos assuntos, piadas de baixo calão que eu não entendia mas ainda morria de rir e histórias de um amigo de um amigo meu.
E curiosamente, enquanto eu posto um resumo dos mais resumidos da minha infância com medo de um belo dia me esquecer dela, eu estou aqui reconhecendo minha adolescência tardia: pregando pôsteres de filmes na parede do quarto na raça e na coragem, falando pelas costas a torto e a direito e desistindo da escola, só que, ei!, a segunda fase do vestibular é esse fim de semana aí, eu vou ter ainda outras provas ao longo da semana e a minha colocação nem foi tão maravilhosa assim – até os professores mais desmiolados e superficiais que vieram me perguntar ficaram claramente desapontados.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Sorte que as meninas estavam dormindo

Fui abrir a porta de casa e dou de cara com um poodle branquinho, fofinho, sozinho e hiperativo pulando pelo hall. Sozinho! E pulando feito louco!!!
Saí, olhei pelas escadas, e não tinha ninguém por perto. Aí tive que interfonar pra portaria!
Quem atendeu foi o bonitão, e ele concordou em subir imediatamente para ajudar na busca, além de ter suspeitas do dono.
Fiquei olhando o cachorrinho bonitinho e Rosa apareceu, de toalha, perguntando do alvoroço! Foi só ver a gracinha para botá-la dentro de casa e começar a fazer carinho! Mas não podia ficar assim, né?, e se o dono aparecesse? Aí disse pra ela voltar pro banho e fiquei nas escadas acariciando o bebê.
Depois de uns tempos, ouço uns gritos, e entendo a palavra "cachorro" no meio. "Ah, devem estar atrás dele aqui!", eu pensei e gritei de volta.
Então teve uma rápida sucessão de acontecimentos: uma menina de blusa rosa e cara de quem não merece ter um cachorro fofo daqueles apareceu vinda do andar de cima, o porteiro apareceu vindo do andar de baixo, também pelas escadas, e logo em seguida colocou o animalzinho no colo.
Aí a menina agradeceu o porteiro e foi embora.
Agradeceu o porteiro.
Esclarecendo esse ponto: sim, ela me viu sozinha com o cachorro e me ouviu perguntando se era dela, mas decidiu me ignorar e jogar o charme no bonitão.
Argh.
Voltei pra casa irritada e comentei com Rosa que, se nós já não tivéssemos duas gatas dentro de casa, teria ficado com o cachorro pra mim. Ela disse que teria ajudado!

P.S.: Estava indo responder a charadinha nos comentários quando, tchamtchamtcham, PERCEBO QUE DIGITEI ELA ERRADO. Muito idiota da minha parte, então decidi omitir a respota, ueba! Mas pelo menos corrigi o erro.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Charadinha

O que é o que é
envolto em tranças
protege as andanças?