quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sindrome do Regresso


Quando eu deixei Fortaleza e decidi encarar Lille de queixo erguido, ha dois anos, eu sabia que eu ia voltar. Eu tinha assinado papéis e mais papéis alegando meu retorno ao pais natal. Não é simples deixar a vida que você conhece e que parece fazer funcionar suas engrenagens sozinha para uma vida numero 2 onde haja força pra girar a manivela e fazer tudo acontecer. Mas a cidade estaria la, calma e quietinha, esperando meu duplo diploma acabar, meus amigos la, minha familia la. Agora eu estou deixando Lille. Meus amigos não vão me esperar voltar dessa vez, eles vão seguir seu proprio rumo. E eu, o meu.
O grande passo que eu estou dando na vida adulta não é ter aprendido a morar sozinha, resolver meus problemas financeiros e burocraticos, cuidar de uma casa e de mim mesma. É perceber uma nova identidade da vida, esse carater passageiro. As coisas passam, as pessoas passam, as cidades não se mexem mas também não ficam paradas. Eu vivi algo que acabou, e cabe a mim escolher o que fazer daqui pra frente.
Livre arbitrio é uma bênção que tem me tirado o sono de noite e explodido minha cabeça durante o dia...