sábado, 31 de maio de 2008

Carona e olheiras

Mamãe viajou, e, como essa é certamente a pior semana do mês (específicas na segunda até 22h10 + aula de inglês à noite na quarta + aula extra de Física igualmente tarde na quinta + competição de dança da qual uma amiga participou e que só terminou perto da meia-noite na sexta + simuladão no sábado, às 8h00), não pude voltar de ônibus e peguei carona com meu primo universitário em dois dos dias.
Admito que me senti altamente cool voltando num carro de janelas abertas e power metal nas alturas com alguém que definitivamente não sabe dirigir prudentemente, hihi!

P.S.: Ele faz Odontologia, e, quando eu mostrei meu dente quebrado e relatei minhas desventuras, notei um leve arrepio.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Aconteceu assim

(ou Por que raios eu estou com um buraco num dente se estava apenas comendo um sanduíche de queijo dentro da validade)

Há exatos três anos, quando eu era uma menina que participava de quadrilhas de São João da escola com o batom de mamãe e muitas sardas, aconteceu de eu escorregar. Assim, durante um ensaio, numa poça d'água.
(Meu par um ano mais novo não me segurou.)
Como eu também não sou lá muito normal, em vez da clássica queda-de-bunda-que-quebra-o-cóccix, caí pra frente e quebrei dois dentes. Mas não de frente, peloamordedeus, nem me fale que tenho agonia! Caí de boca fechada, e um antiquíssimo corte no queixo (de quando eu tinha seis anos, morava numa chácara a 1km da praia e ia na vizinha do meu vizinho para nadar na piscina dela e, eventualmente, pular na borda e se machucar feio, aaaahh, tempos que não voltam!) até se abriu.
Não senti nenhuma dor, na verdade, até me levantei prontamente para recomeçar o ensaio, deixa que logo uma dúzia de pessoas veio me acudir e me levar ao banheiro. Só fui entender vendo a mancha vermelha no queixo. Não sangrou, eu levei 4 pontos e passei um mês sem poder ficar entediada e apoiar o cérebro na mão.
Até que comecei a achar que conseguia mover parte de um molar. E, bem, eu conseguia mesmo! Arranquei o pedaço (não sozinha!), fiz um canal (na dentista!) e minha sensibilidade dentária nunca mais foi a mesma (durante alguns meses, hoje tá normal).

P.S.: Como mamãe viajou e eu acho realmente solitário dormir numa cama de casal sem companhia, estou de volta na trilha da maturidade, dormindo no meu quarto!
P.P.S.: Antes de viajar, ela ligou para a minha dentista (que não visito há... exatos três anos, ops) e, delirem!, ela fez uma cirurgia, está de licença e só volta a trabalhar em um mês. Felizmente, como um dos meus professores favoritos (que na verdade deu sua última aula na quarta-feira e abandonou o pré-universitário para sempre, uma tristeza sem fim!!! E, detalhe, eu nunca tinha conversado com ele até esse recreio em que, num acesso de coragem, mostrei-lhe meu dente quebrado!!!) também é dentista, ele deu uma olhada e até pegou a chave do carro para simular uma obturação! (Humor negro, brrr!)

terça-feira, 27 de maio de 2008

O novo motivo para dormir com mamãe

O pedreiro veio ontem começar o conserto da parede sem cortina e felizmente terminou hoje. Antes de eu sequer chegar em casa, porém, veio a notícia: Rosa decidiu que as cortinas estavam sujas demais para ficarem sem serem limpas e inventou de... limpá-las. Caíram de novo.
Mas o pedreiro nem tinha saído daqui de casa ainda, e, agora que tudo parece estar ok, o meu quarto permanece em quarentena.

domingo, 25 de maio de 2008

Cortinas, unhas e dentes

Não passei da pipoca pro pudim, mas fiquei com uma vontade tão grande de tentar um brownie por causa de uma conversa da noite passada que cliquei na primeira receita que o Google encontrou e fui fazê-la!
Ficou realmente uma delícia, o chocolate meio-amargo derretido deu o toque final (e eu tenho considerado jogar tudo pro alto - os estudos, os desenhos e os confetes - e virar gastrônoma), o que na verdade é um tanto estranho considerando minha atual maré de azar...
a) Minha cortina caiu quando eu estava indo dormir ontem, e só não me acertou porque eu não fui lerda o suficiente para não segurá-la. Agora tem dois buracões em cima da minha janela.
b) Enquanto eu abraçava alegremente os meus joelhos no carro (sem cinto...!) indo a um shopping para comprar um livro (que, por acaso, apesar de eu tê-lo encomendado quinze dias atrás e de ter marcado com um atendente da loja para comprá-lo no sábado... já havia sido vendido), notei que a unha do meu polegar do pé esquerdo está... quebrada. Bem no meio. (HIHIHI, SÉRIO, estou precisando de uma comoção! Até agora as pessoas só tem me olhado com uma cara de "Que fútil, você"!!!)
c) Quando o brownie estava para ficar pronto e eu morria de fome (assistindo a O Tempero da Vida, não tenho culpa!), fui fazer (eu e mamãe.........) um sanduíche de queijo, afinal, eu tinha acabado de lamber a tigela do brownie e não queria ficar enjoada na hora em que fosse provar o primeiro pedaço... Em uma das mordidas, senti algo duro e, tirando a coisa da boca, me dou de cara com algo... branco. A primeira coisa que eu pensei foi:
- HIHI, UM PEDAÇO DE UM DENTE MEU!
Mas, claro, só consegui mesmo achar que nós de fato deveríamos parar de comprar aquele queijo horroroso. No fim... era um pedaço de um dente meu. Talvez até 1/4.

Sem privacidade, sem integridade... e com um buraco no dente.

sábado, 24 de maio de 2008

O meu feriado não-emendado

Quinta-feira eu fiz a melhor pipoca da minha vida (sim! Eu! Ai, estou tão orgulhosa!) e hoje, conversando durante o almoço com Rosa, mamãe sugeriu que ela me passasse a receita do pudim-de-leite. Mas eu realmente acho que da pipoca pro pudim é um salto meio grande pra quem tem apenas 1,64m...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Por que eu quero ser professora de Física

Como grande maioria das pessoas, eu adoraria fazer algo que ficasse no mundo e o transformasse de alguma forma. Mas, com o meu jeito encabulado de ser, logo percebi que, bem, não nasci para fazer nada em larga escala... Então fui ficando com os obrigadas, os bom dias e as fechadas de torneira e levando enquanto as perspectivas eram poucas.
Esse ano, tempo de decidir afinal o que eu quero do meu futuro, eu percebi que, além do meu enorme desejo de ser mãe, tenho esse outro de ser professora.
Na minha 4ª série era mais uma vontade secreta de planejar aulas e corrigir provas e fazer tabelas coloridas com as notas, mas agora... eu até sinto que só me sentiria completa depois de ensinar umas boas crianças! E isso é um tanto irônico, porque mamãe é professora e eu sempre fiquei reclamando dela não ganhar nada (se bem que a culpa não é exatamente de ela ser professora - já que ela ensina na federal! - e sim do fato de ela... não saber ganhar dinheiro... E pior que acho que eu vou ser meio assim também) e nunca desejei isso para mim. Eu seria rica e teria um apartamento voltado para o nascente, sem dúvidas! Mas infelizmente... perdi minha futilidade. Perdi meu egoísmo e minha futilidade e ganhei uma bela duma consciência, e, é claro, isso é uma droga, principalmente quando eu compreendo o quão babaca eu sou às vezes! (Odeio crescer!)
E ultimamente tenho encarado isso de ser professora como a melhor coisa do mundo, não, não só isso, a melhor profissão do mundo! ("And don't I deserve the best?!") Existe profissão mais edificante que ensinar valores a crianças em formação? (Engenharia, talvez...)
Não vou assoar nariz com nota de cem, e talvez o meu plano de comprar apartamentos na beira da praia até ter um edifício inteiro para poder demoli-lo talvez não role também, mas... é pela felicidade.

P.S.: Ok, isso parece um pouco contraditório em relação a esse post, certo? (Considerando inclusive que ele foi escrito há menos de uma semana...!) Mas, hã, nem tanto assim, viu! Eu estou realmente feliz com minha escolha, o problema é que de vez em quando fico achando que devia escolher outra coisa, só isso.
P.P.S.: E, naturalmente, no meu tempo livre eu serei ilustradora, escritora, atendente de livraria, bibliotecária e também tenho o desejo secreto de ser trocadora de ônibus. (Mas eu acho que seria um grande desrespeito aos meus amigos trocadores, já que eu estaria lá apenas por capricho.)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Relatório semanal

Ultimamente só tenho postado coisas lânguidas, né...? Mas, bem, não é exatamente como se eu estivesse esbanjando infelicidade por aí nem nada, então...
...coisas legais que aconteceram nos últimos sete dias:
1. Todos os meus pedidos internáuticos chegaram e eu estou a maior babona! Mas, besta que sou, decidi ler uma coisa de cada vez... (E ainda assim tem três livros na minha cabeceira!)
2. Fiz uma redação hoje, um conto, e fiquei bastante feliz com o resultado! Tirei a idéia descaradamente de um livro que eu odiei justamente por não ter sabido aproveitar essa idéia genial...! Minha mãe gostou, hihi.
3. Não cheguei atrasada nenhuma vezinha!
4. Recebi minhas últimas provas e fui bem, como eu esperava! E esse sábado... Tem mais!!!!! Não é uma maravilha?!
5. Meu anti-vírus pifou!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Tirado da agenda

“Estou começando a ter dúvidas sobre a minha faculdade de Física... Será que eu não deveria ir para uma faculdade de Artes, sei lá? Tenho tanto medo de perder minhas idéias e meu lirismo numa faculdade racional!
Mas se eu fosse ter que voltar a me esforçar em História eu... ai, deixa pra lá.
E é tão fácil para VOCÊS que eu morro de inveja! Basta pular as páginas até o mês de dezembro e descobrir de uma vez que vestibular eu prestei... Queria fazer isso também.

Mas, hã, bem, eu tenho um pouquinho de medo. (Não que fosse funcionar para mim, dã.)”

Ontem fez dois meses

desde que Nina chegou.
E Artemis está agindo completamente, incoerentemente, absurdamente igual a mim. E toda vez que Rosa chama ela de besta, eu fico com vontade de abraçá-la (a gata!) e cochichar no ouvido:
- Relaxa, honey, eu sei exatamente como você se sente, então se acalme e apenas seja você mesma, sim? Vai passar, sim, sim, vai passar.
E então dar um beijo.

Mas minha vontade de que tivessem feito isso comigo é ainda maior.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Os fatos

Hoje é 13 de maio.
Eu moro perto de uma avenida chamada 13 de maio.
Eu moro perto da Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
O grande dia dela é o dia 13.
Principalmente o de maio.
Eu moro perto de uma praça chamada 13 de maio.
No centro dessa praça, sendo inaugurada hoje, está uma estátua.
De Nossa Senhora de Fátima.

Agora me imaginem pegando o ônibus para ir à escola.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Inferno

[Do lat. infernu.] S. m. 1. Mitol. Lugar subterrâneo, onde estão os mortos. 2. Rel. Segundo o cristianismo, lugar ou situação pessoal em que se encontram os que morreram em estado de pecado. 3. Jan. Pegar, quando as linhas de ônibus estão em greve, a topic errada em horário de lotação, porque o cara que estava na parada há mais de uma hora não vira seu ônibus uma única vez, ter que se segurar com apenas uma mão porque a outra está muitíssimo ocupada segurando a mochila com as apostilas do dia e um pouco mais, suar excessivamente, se desesperar muito pelo caminho totalmente diferente do rotineiro, descer numa parada a quase uma dúzia de quarteirões de casa e andar toda essa distância, aproveitando para encontrar não um, nem dois, mas três ônibus da sua linha, que não passava a mais de uma hora, vindo exatamente da direção de onde você devia ter vindo.

Como afinal eu não me tornei uma pessoa amarga?
Não faço idéia.

Sono selvagem

Passei a manhã sentindo essa maldita dor de cabeça e só consegui pensar que, afinal de contas, está na hora de parar de ler antes de dormir, porque isso definitivamente tem tirado o meu sono (mesmo que eu esteja lendo um paradidático dos mais chatinhos).
Tomando meu banho para a escola, notei uma pintinha vermelha na minha testa. E não é que eu de fato bati a cabeça enquanto dormia?!
Nem na hora de dormir consigo ter a minha paz.

domingo, 4 de maio de 2008

Lembrancinha de aniversário

Entre os meus devaneios de mãe e professora de Física... percebi que, dentro do pacote do medo de crescer, veio o medo de não crescer.
Nada Peter Pan, de ficar presa num corpinho esbelto pra sempre e laralá (e vocês lá sabem como o meu futuro marido desejaria isso), e sim, bem, de ficar sempre assim. Sempre Jana. Incapaz de ter posições políticas por simples falta de interesse ou de limpar a caixinha de areia das gatas (ato agradavelmente chamado por mamãe de "trocar o cocô das gatas". Assim, desculpinha, mãe, mas... trocar pelo quê?!) porque, hã, ficar sentada à mesa é realmente... confortável. E não estou falando de criar responsabilidade, simplesmente de mudar.
Já faz tempo que eu aceitei que não sou cult, apenas uma seguidora da cultura pop, mas... para sempre? Queria gostar de MPB, terminar um livro difícil sorrindo e comer verdura. Um dia. Não agora.
Só que eu quero fazer tudo isso continuando sendo Jana e gostando de Belle and Sebastian e torradas de pão árabe com azeite e manjericão. Dá?

Como a minha vida devia ser

Ele ergueu o livro.
- Lerei para você. Como distração.
- Fala de esporte?
- Duelos. Lutas corpo a corpo. Tortura. Veneno. Amor verdadeiro. Ódio. Vingança. Gigantes. Caçadores. Pessoas más. Pessoas boas. Mulheres belíssimas. Serpentes. Aranhas. Dor. Morte. Homens corajosos. Covardes. Homens fortes como ursos. Perseguições. Fuga. Mentiras. Verdades. Paixões. Milagres.
- Soa bem - eu disse.

William Goldman, O Noivo da Princesa
Mas tudo bem, tudo bem. Sei que sou muitíssimo feliz, e ler um dos primeiros Harry Potter à tardinha é realmente aconchegante.