quinta-feira, 30 de abril de 2009

A menina e o fio de cabelo

Princesa da ervilha, créditos para a Lauren Child Quando eu era criança, apesar de não ser grande leitora (a coisa era braba a ponto de meu pai me dar um livro chamado Quem Não Lê Não Vê, que, hm, eu nunca li), havia cinco livros grandes e coloridos que eu particularmente adorava.
Um deles era tipo um atlas, só que de enormes meios de transporte e do que acontece dentro deles. Primeiro aparecia uma grande figura de um navio, depois o navio sem o casco, os andares internos do navio, pessoinhas andando, marinheiros, comandantes, faxineiros, parafusos. Tinha também de avião, de trem, de carro.
A Casinha da Ninoca era outro que eu amava, um livro enorme e grosso que você abria e virava uma casa de três cômodos! Tapetes, papéis de parede, gavetas, roupas, comidinha, setinhas para puxar e transformar o Sol em Lua, a chuva em árvore, tudo em papel e um amorzinho só. Eu adorava admirar todos os detalhes da casa, e, bom, o papel higiênico sempre foi o favorito. (Sem mensagens subliminares, xô!) Tinha também, claro, a Ninoca, uma grande rata que dormia agarrada a um gato de pelúcia.
Para não dizer que eu não lia, o terceiro era um livro da Unicef (e esse eu ainda tenho!), com o perfil de várias crianças do mundo, o nome, a letra, fotos, a comida favorita, seus sonhos, brinquedos, hábitos. É muito colorido e atraente, e as crianças são todas tão lindas!
Os dois últimos são livros de contos de fadas, até que enfim! Um, de Andersen, cheio de figuras dos mais diferentes ilustradores, que eu amava ficar olhando. Não consigo me lembrar de ter lido as histórias (bom, só a do Soldadinho de Chumbo e a do Pato Feio, que eu achava um tanto chata), mas é só abrir e ver de esguelha as imagens que já me vem uma onda de nostalgia. O outro deve ter sido dos irmãos Grimm, porque eu me lembro do rosto da Branca de Neve na página da história dela e de uma figura de Rapunzel que era certamente a minha favorita!
Aí que, para alguém que não gostava de princesas, eu certamente gostava de muitos contos de fadas (ou pelo menos das figuras). E, de uns tempos pra cá, tentando pensar que princesa eu poderia ser, como toda criança faz quando assiste desenho, percebi que eu sou a princesa da história A Princesa e a Ervilha. Sabe, uma menina chega ensopada às portas de um castelo jurando que é uma princesa e pedindo ajuda, aí a rainha a encaminha para um quarto onde a cama tem vinte colchões e uma ervilha embaixo do último, tudo um teste para o sangue real da garota. Quando no dia seguinte ela acorda reclamando que dormiu muito mal (que tipo de princesa é tão rude a ponto de fazer críticas aos anfitriões, né, mas enfim), fica provado que ela é sim uma princesa e se casa com o príncipe encantado.
Eu nunca dormi em cima de mais de um colchão, e nunca acordei com hematomas loucos, mas meu cabelo cai bastante (apesar de eu continuar cabeluda do mesmo jeito) e eu sempre me pego com incômodos esquisitos nas costas, na barriga. Coloco a mão por dentro da blusa e lá está um fio de cabelo!
Mas até agora não achei o meu felizes para sempre.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

French Navy

Semana passada fiquei vários dias ouvindo e reouvindo o último álbum do Camera Obscura, e, apesar de ter chegado à conclusão de que James era minha música favorita, fiquei apaixonada o suficiente pela primeira faixa, a ponto de não conseguir parar de escutá-la.
Aprendi a cantá-la marromeno e de repente me peguei imaginando a história de amor que ela estaria contando. Fui atrás do clipe, mas ele é tão corrido e tão feito apenas de flashes que eu fiquei até tonta.
Peguei um papel e fiz a minha versão. Nada de estúdio, só eu e a caneta nanquim mesmo.
(A letra ficou incompleta, o marinheiro parece só ter um braço e a menina parece bulímica, agora digam algo que eu não sei!)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sou adulta mas ainda desenho bonequinhos!

Acho que já está mais do que na hora de falar como é ser uma garota (moça?) de 18 anos. Bom, em primeiro lugar, eu realmente não sinto nenhuma diferença. E, pela primeira vez em muitos anos, não fiquei completamente transtornada por estar ficando repentinamente um ano mais velha, mais próxima da morte e mais próxima da indiferença que os adultos costumam ter.
(Isso provavelmente tem a ver com o monte de coisas que agora eu posso fazer, mas vamos todos fingir que eu amadureci e aprendi a encarar a vida como algo efêmero, ok?)
Fiz um piquenique despedida de infância no dia 19, véspera do aniversário, e foi tão ótimo! Corrida de sacos, balões e mais balões para encher e estourar, doces e mais doces num balão enorme para furar, Twister, narizes de palhaço e gatos, muitos, muitos gatos. Nem tavam previstos, mas aparentemente a notícia de que ia rolar uma festinha de uma amante de gatos rolou solta no Parque do Cocó e todos quiseram dar as caras (e as doenças!). Eu estava morrendo de medo de não dar certo fazer o piquenique, olhei e olhei a previsão do tempo, tanto é que quando descobri que esse fim de semana ia chover mais do que o anterior, tratei de arranjar tudo às pressas! Tive que cortar a cama elástica e os balões com gás hélio, mas, hm, nada me impede de fazer outra festinha despedida de infância ano que vem, já que eu provavelmente ainda não vou ter conseguido me livrar de toda a minha idiotice... (Disseram que eu sou louca na faculdade, dá pra acreditar? E depois quando estava contando chocada como um menino ficou esquisito quando eu o abordei, todos concordaram que qualquer pessoa ficaria esquisita quando fosse abordada por mim, porque eu não sei abordar os outros normalmente. Quê.) Ah, e sim, esqueci de falar da chuva! Pois é, para evitar qualquer imprevisto, procurei uma simpatia para não chover na internet e achei a adorável “dê três pulinhos e peça a São Pedro para sair de fininho”. Quando vovó comentou, já no aniversário, que provavelmente ia chover, eu disse que certamente que não iria, porque eu tinha procurado uma simpatia na internet e feito cerca de três vezes!
– Simpatia, que simpatia?
– Ah, é dar três pulinhos e pedir a São Pedro pra sair de fininho!
– Não, não, nãão, isso não existe não!
– Hã?
– Você tem é que dizer: “Santa Clara, clareai, Santa Clara, clareai, Santa Clara, clareai”, assim, três vezes.
Eu só consegui pensar no café, mas juntei mais três amigos e fizemos uma roda de corrente positiva e ensolarada, repetindo o mantra até todo mundo acertar junto.
E... pois é. Estou fazendo dezoito anos, uau. Anos nada, anões, porque eu já estou ficando é muito velha! (Sem crises, sem crises!) Ainda não fiz nada só-para-dezoito, porque sou boba e estou tendo um monte de provas e relatórios, mas nem tenho porque me acanhar, tem um motel em frente ao campus só me esperando com meu RG.

P.S.: Essa cidade está ficando louca, é chuva demais, céus! TV não para de chiar, tenho ido de Havaianas para a faculdade (quase que terminava de digitar colégio!) para não escorregar e cair de bunda, e o computador só liga quando dá na telha. Não entendo a incapacidade da energia do campus de faltar para os professores adiarem as provas! Hnf.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

48 horas

Móveis Coloniais de Acaju fez um show aqui na sexta-feira passada, ao qual, tragicamente, eu não assisti porque ainda não tinha 18 anos.
Eu fiz 18 na segunda-feira.
O show foi na sexta à noite emendando com a madrugada de sábado.
Não deu. O lugar tinha sinuca, bebidas, meu deus!, coisa demais para uma menina a dois dias dos 18!
Indo hoje para a universidade, no ônibus, vi um menino com uma fitinha onde tinha escrito Acaju e mais alguma coisa, que eu não consegui realmente ler. Assanhadinha como tenho estado, tive que perguntar:
– Ah, hm, com licença, Móveis Coloniais de Acaju?
– Hã, sim...
– Puuuxa, você foi ao show de sexta?
– Aham.
– E foi boom? Aaahh, eu quase fui, quase, quaaase, foi bom?
Aí ele começou a relatar como o trompetista pulou em cima da multidão, como ele ficou sendo segurando por várias e várias mãos, como ele continuou tocando loucamente mesmo assim, como uma hora o vocalista pediu para a galera abrir um círculo, como todos desceram do palco e se juntaram loucamente a todo mundo, como até os amigos deles que não conheciam a banda adoraram tudo.
Ai, ai.

Nem parece que não sou mais criança

Hoje teve aula de Introdução à Engenharia Elétrica de novo, mas, dessa vez, tivemos o cuidado de encher a lousa com jogos-da-velha e com o jogo-do-pontinho (de fechar o quadradinho, sacam?) antes de o professor chegar.
Bem gostaria de ter visto a reação dele, só que estava um tanto ocupada jogando Uno (não com desempregados, não num boteco).

terça-feira, 21 de abril de 2009

18 resultados da maioridade

A contagem regressiva pros 18 anos terminou há um tempinho, e venho aqui (depois de descobrir que meu computador de humor oscilante é capaz de ligar quando eu preciso) só dar uma atualizadinha na lista de 17 coisas que planejei cumpri e procrastinei religiosamente.
Não me julguem, por favor, eu ainda nem tinha completado 18 anos quando decidi fazer essa lista, tão inocente, tão ingênua! Não sabia de nada.
(Agora sei de tudo, jogo mancala no advanced e também calculo vetores em R³!)

1) Compor uma música:
Sim, eu compus!!! Acho que foi o último item que fiz, sim, isso mesmo! Escrevi toda uma letrinha cheia de rimas, porque, já que não sou realmente ligada ao mundo musical, o mínimo que eu podia fazer é formar frases sonoras. Ritmo ela não tem, exceto a primeira e a última estrofes, que são basicamente uns rapzinhos, hihi! Por enquanto estou sem planos de tornar a letra domínio público, principalmente depois das risadinhas na faculdade quando eu cantei o rap, com direito a batucada bocal no ínicio. Mas mamãe gostou, isso que importa!

2) Dar um conselho digno de mestre:
Bom, eu devo ter dado algum depois de todos esses dias, né? Deixe-me veeeer... “Vá pela sombra!” é um excelente exemplo.

3) Assistir a Uma Rajada de Balas:
Eu ia assistir. Eu até baixei o filme, sabe. Ia baixar antes na faculdade, mas o download por torrent não executou e eu... deixei pra lá. Fui retomar plano em cima da hora e meio que... er, o computador pifou, sabe. A placa de vídeo. Mas pifou um pifado não definitivo, de vez em quando liga! Hoje, quando eu tinha tempo disponível para assistir... não ligou. De qualquer jeeeito, eu revi Antes do Amanhecer, que ajudou a renovar mais ainda todo o meu amor pelo amor, tá!

4) Fazer uma torta de maçã:
Domingo retrasado fui pra cozinha e preparei na raça! Ficou boa, mas meio que estraguei completamente a massa. Primeiro, errei a mão nos biscoitos de maizena, depois, tive que usar forno de micro-ondas porque o do fogão tava quebrado, e, por fim, não pude tirar a torta da fôrma porque nós só temos fôrmas antiquadas e não a high society que a receita pedia (com fundo removível! Pode um negócio desses?) .Torta de maçããã Eu sei que a torta tá esquisita, que tem umas bolhas esquisitas, e que parece estar queimada bem ali (realmente estava), mas ela se acabou em dois dias! É ou não é um ponto positivo?

5) Acordar mais cedo do que o normal para caminhar:
Acordei mais cedo do que o normal para ir até o mercado e comprar sacos para a corrida de saco que teve no piquenique de aniversário, que tal? Muito mais jogo!

6) Jogar xadrez ou damas nos tabuleiros que tem na pracinha:
Joguei mancala numa versão online. Muito mais idiota!

7) Perder de propósito o CD de músicas legais que eu preparei desde fevereiro:
CÉUS, O MAIS FÁCIL! Esqueci completamente. Se bem que até poderíamos considerar que eu o perdi, só que perdi dentro de casa! A ideia é, uuuhuul, disseminar músicas que me deixam felizes pelo mundo afora, para que outros também se sintam contentes! Permanece na utopia, mas só por enquanto.

8) Voltar a fazer coisas de papel machê:
Eu tentei. Cortei folhas de revista em pedacinhos, deixei de molho por um tempo e alguns dias depois fui pintar o sete. Bem. Eu nunca tinha feito com revista, sabe, só com jornal, mas achei que poderia dar uma chance ao colorido. Deixa que a água ficou fedorentíssima e o papel não modelou bem... Joguei tudo fora. Se bem que o balde ficou dias e dias na varanda, talvez tivesse até larva do mosquito da dengue!!!

9) Chegar em casa e ir direto dormir, sem tocar em computador, sem ligar a TV, sem ler:
Não fiz ao pé da letra, mas um dia, depois de ver um filme alugado, fui direto para cama e dormi feito um bebê! Normalmente eu teria ido para o computador, lido um pouco, ou até visto mais um pouco de TV.

10) Aprender a jogar truco:
Comecei a ler as regras, joguei um pouco online, não vi graça. Por outro laaado, aprendi mancala! Muito mais interessante, viu, e certamente não vou ficar desempregada, com o intelecto alto nível que tenho desde que consegui vencer o computador no advanced.

11) Bater o recorde que o Eduardo deixou no único jogo do meu celular que eu sei jogar:
Fui totalmente incapaz. Estava considerando deletar o recorde dele e assim conseguir deixar o meu, mas, bom, não conseguia parar de pensar como isso era trapaça e como ele se sentiria traído. (Provavelmente não, eu que sou grilada!) Assim, busquei novos caminhos e aprendi a jogar outro dos três únicos jogos do meu celular, ahá!

12) Ganhar prática em fazer uma caneta girar entre os dedos:
Consegui fazer um passe aí com o polegar uma meia dúzia de vezes! Não está no YouTube porque câmeras me assustam e me fazem errar, mas está na minha memória!

13) Ficar craque em fazer pedras quicarem no lago mutante do campus:
Não fiquei craque, mas consegui que duas ou três quicassem, na única vez que eu tentei... Mais do que satisfatório.

14) Ler o livro de mamãe:
Eeeerrrr. Não foi dessa vez. Já fazia muito tempo que eu me sentia mal por não ler o livro de mamãe, sabe, porque é algo tãão legal, minha mãe escreveu um livro! Eu já li! É tão bom, você não quer ler também? Aqui, ó! Só que, er, não é um livro de ficção. É meio que... a tese de mestrado dela. Desmotivante? Bastante. (Rima! Tentar memorizar essa para a própria letra de música que eu for escrever!) Até estava tagarelando sobre isso com um cara no Omegle, sobre a lista das 17 coisas. Apesar de ter começado dizendo que eu realmente tinha que cumprir tudo, porque era tudo muito legal, depois ele ajudou a tirar um peso das minhas costas. (Oi, eu sou muito grilada!) “Is she gonna read your research thesis on Electrical Engineering stuff?” encerra o assunto.

15) Colocar uma flor na orelha:
A primeira coisa que fiz, a mais simples.

16) Aprender a dancinha de I'd Rather Dance with You:
Aprender eu aprendi, tudo bem fácil, só não significa que eu consiga dançar... graciosamente.

17) Bom, esse item é confidencial:
E se eu consegui ou não também é confidencial!

18) Cumprir a lista de 17 coisas:
Siiiiim, cumpri e muito bem cumprida! Apesar de toda uma galerinha sem sal dizendo que eu não conseguiria fazer cinco itens, taí, tudo feitinho. (Não.) Ok, passo rastando, vaaaaai! Só pra dizer que eu completei alguma coisa nessa vida.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Isso porque ele não me viu brincando de mímica

Já devia fazer um mês que eu não via a cara desse professor de Introdução à Engenharia Elétrica, mas hoje ele apareceu e enfim esperamos ter algo que se assemelhasse a uma aula. Não vou comentar o que realmente aconteceu que fez com que aquela uma hora não parecesse com uma aula (na verdade tava muito mais parecido com um episódio de Castelo Rá-Tim-Bum, seeenta que lá vem história!).
O ponto é que, antes de a aula começar, eu e mais quatro estávamos jogando Uno loucamente, porque ontem teve prova e eu nem ousei levar o jogo, para não nos distrairmos, e a abstinência estava braba. Jogamos, jogamos, o professor chegou, eu recolhi as cartas e nós voltamos aos nossos lugares.
O tempo passou, o professor encarou a turma.
Aí ele começou:
– Sabe, bem ali na esquina, num boteco, tem um grupo de desempregados reunidos jogando baralho. – Pausa para pausa dramática. – Eles estão lá porque não têm mais o que fazer, eles não têm trabalho. – Pausa para uma segunda pausa mais dramática. – Então, bom. Vão para o boteco e jogam baralho.
Ele olhou para toda a sala, como se realmente não estivesse dando uma indireta diretíssima, e identificou um tabuleiro de xadrez lá pelo fundo.
– Xadrez já é um pouco melhor, mas não é exatamente o tipo de jogo ideal para se desenvolver o intelecto. Mancala, ah, isso sim que é jogo de tabuleiro! É incrível. Sei que vocês sabem o que é. – (E se eu disser que ele não foi irônico?) – Uma vez eu conversei com um cara e ele, puxa, jogava mancala de 32, não era de 16 não!
E continuou no lenga-lenga.
Eu não sabia o que era mancala, nunca tinha ouvido falar, mas fiquei me segurando para não rir. Assim, qual é o problema que ele vê num simples bom-dia? Eu gosto de bom-dias. Ele podia ter arranjado uma frase melhor para dizer depois de quatro semanas sem ver os aluninhos dele. Nem é original! Primeiro, as pausas de impacto já estão muito das batidas, e onde é que não se fala de desemprego hoje em dia? Segundo, qual é o problema dele com a nossa felicidade, hein? Não vou ficar pra trás só porque tentei não enlouquecer e decidi aproveitar a vida em vez de deixar a vida se aproveitar de mim.
De qualquer maneira, cheguei em casa e fui pesquisar, para não bancar a medíocre. Mancala é um jogo africano-asiático, que se joga com sementes e um tabuleiro que pode ser feito a partir de duas caixas de meia-dúzia de ovos. Achei uma versão online e fiquei jogando um pouquinho, me diverti, só que perdi... bastante. Mas já me sinto uma pessoa mais sábia, aposto como conseguem sentir toda uma evolução mental nesse post, coisa de se impressionar!
(Até parece, se eu mal consigo ganhar no nível médio!)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Se não for karma eu preciso de uma nova simpatia

Hoje o professor de Cálculo chegou dizendo que nós podíamos relaxar, segunda-feira não vai ter prova, só revisão, exercícios, coisa e tal, e eu fiquei tãããão feliz, não vou mais ter que fazer prova no meu aniversááário!
Aí, na hora da prova de Física, apesar de nem estar chovendo, a energia caiu. Não teve prova, e o professor remarcou para... adivinhem só.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Cadê o dinheiro que tava aqui?

Eu não uso calças furadas. Então, assim, todos esses recentes acontecimentos são um completo mistério para mim.
De repente, de uns tempos pra cá, eu dei para perder dinheiro. Com a maior facilidade do mundo, eu boto uma nota de dois reais no bolso da calça e algum tempo depois, quando eu me dou conta, plim!, ela sumiu.
Já foram mais de sete reais nessa brincadeira! (Oito, pra ser exata.)
Não, não existe furo nenhum. Já coloquei minha mão pra lá e pra cá, tentei puxar o bolso para fora que nem em desenho animado (e não consegui), procurei passagens secretas por dentro do tecido, e, er, nada. Nada de dinheiro, nada de explicação.
Atrás de uma solução, eu fui, claro, procurar uma simpatia para nuncar perder dinheiro. (Óbvio.) Separei já três moedinhas e amanhã pego os três chicletes para jogar num jardim e oferecer a Cosme e Damião. Mamãe disse que mais simpatia ainda é tomar cuidado.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Só falta ler o longo e tedioso contrato

A lista de 17 coisas a fazer até meu aniversário tem ido um tanto quanto lentamente, já que eu ou deixo as coisas para mais tarde, ou faço tudo pela metade, mas hoje sim, enfim, eu dei um verdadeiro passo para a segunda idade: criei minha conta bancária!
Foi tão divertido, tirei mil dúvidas, coloquei o vencimento para o dia 17 (hoho!), inventei uma assinatura divertida na hora, depois de perguntar um monte de besteiras (A minha assinatura pode ser um desenho? Eu posso assinar com outro nome, com uma palavra qualquer? Se o dia do meu vencimento for 31, nos meses de 29 e 30 dias eu não preciso pagar nada? A vida é curta, eu tenho pressa, por favor, isso ainda vai demorar muito?), e devo receber o meu cartão universitário (que é internacional!) em dez dias.

Primeiro as damas

Eu acho que a minha noção de respeito é um pouco problemática. Não que eu não respeite os outros, pelo contrário, mas na hora de agir eu estou tão preocupada em ser eu mesma que esqueço que o outro também é alguém.
Por exemplo, eu não uso as palavras senhor e senhora. Por que usaria? Só para exaltar a diferença de idade entre mim e o interlocutor? Para ele olhar para mim, na flor da idade, pensar em si mesmo, se deprimir, dar meia volta e pular de uma ponte? Ah, não! Muito mais interessante manter a jovialidade e ainda dar um toque de intimidade. Você.
Aí que terça-feira passada teve laboratório de Química. E nós fizemos esse teste das chamas muito, muito demais! Depois de mergulhar um ferrinho numa solução metálica, a gente colocava numa chama, e ela, TCHANTCHAM, mudava de cor!!! Ficava rosa-alaranjado, laranja-amarelado, amarelo-esverdeado, verde. E o verde foi o melhor, com a solução de cobre. Tanto é que, quando a professora estava querendo terminar a experiência, eu não pude evitar um
– Bota o cobre de novo!
acompanhado de batidinhas no braço dela.
A turma só riu, e ainda insistiu em comentar e rir depois mais ainda! Preciso de aulas de etiqueta.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sem comentários

Meu professor de Cálculo marcou um prova pro dia do meu aniversário. Sofri silenciosamente, mas já sei o que pedir de presente para ele.

sábado, 4 de abril de 2009

Teco teleco teco

Como a gente se conheceuMaaaais quadrinhos de presente de aniversário! Gabilu eu conheci em 2004, na internet, e, sim, é por isso que nos primeiros quadrinhos as nossas mãos estão em posições estranhas e existem onomatopeias! Desde então passamos dos fóruns pro MSN e do MSN para as cartas, mudança particularmente adorável.
Entre os últimos quadrinhos de presente e esse teve outro, mas infelizmente não deu tempo de escanear e quase que eles ficaram só no preto e branco também...
E, por fim, scanner destruiu os lápis-de-cor, etc, etc.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

17 passos para a maioridade

Hoje começa a contagem dos meus últimos 17 dias com 17 anos. Eu sempre fico muito ansiosa pelos meus aniversários, todos os anos, porque, apesar de estar sempre crescendo e sempre envelhecendo, fico sempre apavorada com a repentina mudança de idade! E sempre acho que estou ficando tão mais velha do que antes era, como se um dia a mais, um dia a menos fosse uma grande diferença, hnf!
Mas, bom, vou virar maior de idade. Medo.
Para renovar minha juventude e não me sentir tão old, decidi fazer uma listinha de 17 coisas a fazer enquanto ainda tenho 17 anos:

1) Compor uma música;
2) Dar um conselho digno de mestre;
3) Assistir a Uma Rajada de Balas;
4) Fazer uma torta de maçã;
5) Acordar mais cedo do que o normal para caminhar;
6) Jogar xadrez ou damas nos tabuleiros que tem na pracinha;
7) Perder de propósito o CD de músicas legais que eu preparei desde fevereiro;
8) Voltar a fazer coisas de papel machê;
9) Chegar em casa e ir direto dormir, sem tocar em computador, sem ligar a TV, sem ler;
10) Aprender a jogar truco;
11) Bater o recorde que o Eduardo deixou no único jogo do meu celular que eu sei jogar;
12) Ganhar prática em fazer uma caneta girar entre os dedos;
13) Ficar craque em fazer pedras quicarem no lago mutante do campus;
14) Ler o livro de mamãe;
15) Colocar uma flor na orelha;
16) Aprender a dancinha de I'd Rather Dance with You;
17) Bom, esse item é confidencial.

Não são coisas exatamente difíceis (ok, o item 11 é particularmente complicado, já que eu não conseguia bater o meu próprio recorde há vários meses e Eduardo chegou, bateu e ainda bateu o dele umas duas vezes depois disso), mas me sentiria levemente envergonhada de virar gente grande (até parece!) com um monte de coisas inacabadas ou sequer consideradas.
É isso aí, a sorte está lançada, façam suas apostas de quantos itens eu vou conseguir cumprir!