domingo, 27 de março de 2011

Girls, galáxias e faça-você-mesmo

A faculdade continua maravilhosa, muito obrigada! Vocês têm que me perdoar pela minha extrema felicidade dos últimos meses, mas acontece que eu estou consciente de estar vivendo a melhor época da minha vida. Acabou toda aquela eterna dúvida, a rasíssima auto-estima, o monte de rabos de cavalo. Não me lembro a última vez que amarrei o cabelo pra ir pra faculdade! (Olha, no Ensino Fundamental os meninos roubavam minhas ligas para eu sair de cabelo solto nas fotos grupais! Eu ficava extremamente fula!) A gente vai se encontrando, enfim. (Já não era sem tempo!)
Junto a faculdade engredou em marcha 4, com cadeiras loucamente fascinantes (vivavivaviva retificador de tensão, vivaviva Lei de Gauss!), que só me fazem pensar: mas foi por isso que eu escolhi esse curso! Em resumo: tenho sido pessoa light que PRECISA de copo de café-com-leite depois do almoço para não ficar pescando na aula da tarde (esse copo inclusive só pode ser feito de ouro, porque o preço aumentou em 400% desde o começo do semestre, e eu quase desmaiei em risadas da última vez que o cara da cantina me falou que tava faltando dinheiro - o riso do desespero).
O francês, que há um ano era o momento mais alegre do dia (muitos gatinhos na turma), hoje se resume a um calo no pé, um apêndice do meu dia. Semana passada foi anormalmente doce, professora distribuiu revistas e a minha tratava justamente do universo. Desde o planetário estou toda fascinanda pela imensidão, só não viro fã porque não tenho tempo de ler nada. E na revista, além de explicar o nascimento e a morte das estrelas, a manchete mais boba: D'où vient l'harmonie des étoiles. Ao longo do texto, frases tontas: "Ces concentrations d'étoiles révèlent toutes une parfaite harmonie, comme si l'effet de la gravitation qui organise leur rapprochement voulait montrer la force invisible de son pouvour." Os cientistas, reconhecendo a beauté das estrelas.
Por último, eu fiz uma história de quadrinhos de uma página que você transforma num livrinho! São duas páginas para imprimir, uma com instruções e outra com a historinha. O nome é Roberto Carpa, e é sobre um peixe de aquário que tem um sonho. (E esse parágrafo tem mais palavras do que toda a história.) Organizei num pdf e coloquei para download. Aproveitem que é de graça, hihihihi!

domingo, 13 de março de 2011

Eu quero ser feliz antes de mais nada

Eu voltei de Maceió me queixando de dar trégua nas viagens por um tempo (ano novo em Barro Preto, Gabi aqui em janeiro, Salvador e então encontro do PET em Alagoas), mas depois de muitas enroladas, brigas e SMSs trocados, consegui garantir meu último carnaval no Brasil (por algum tempo) em... Salvador!!!!!
Tinha tudo pra dar errado: a ida e volta que teria de ser de busão (20 horas de viagem que acabaram sendo 22 horas e meia de muita vontade de usar o banheiro, refeições pela metade e quase nenhuma pasta de dente), a hospedagem na casa da mãe da minha meia-irmã por parte de pai (complicado!), a ausência de dinheiro para abadás e minha total falta de interesse por axé, blusas no meio da barriga e cerveja. Do meu (único e lindo) abadá só cortei a bainha, dispensei a cerveja mas voltei cantarolando uma penca de músicas.
Da Bahia eu digo: que terra linda! Que sotaque lindo! Que ladeiras íngremes! Todos os dias tínhamos que subir e descer uma ladeira digna de penhasco que deu o que suar. A praia é uma maravilha, azulzinha azulzinha, a onda imensa que encharcou todas as nossas coisas é que não foi tão maravilhosa. (Obrigada Iemanjá por não levar minha câmera, meu celular e meu cartão de crédito! Ainda que a câmera, que me aguentava desde 2003, tenha levado duas quedas depois e no momento eu esteja impossibilitada de olhar as fotos porque ela parou ligar.)
Do carnaval fica a tristeza de ter acabado... Só aprendi a gostar na faculdade, antes era só um feriado prolongado para acessar internet dial-up mais barato, morgar pela casa e assistir filmes, mas agora me dá uma dor no coração de pensar que vou passar uns aninhos sem carnaval. Mando beijo para: Filhos de Gandhy, princípe maluco e Patrícia, negra linda que fez a trança mais beautiful no meu hair. (A trança evidentemente ficou detonada com a última noite de pipoca com Ivete e Chiclete, a praia maravilhosa de Imbassaí no dia seguinte, onde as mesas das barracas ficam dentro d'água, e a viagem enfadonha até Fortaleza. 22 horas e meia para ir aceitando a dura realidade de que acabou.)