domingo, 31 de maio de 2009

Money no bolso, é tudo o que eu quero

Um dia, voltando da faculdade de ônibus, aconteceu de o trocador me dar troco a mais, me deu dinheiro como se eu estivesse pagando meia passagem, sendo que eu já perdi a carteirinha de estudante há uns bons meses.
No dia seguinte, indo para a faculdade, meti a mão no bolso e não achei os meus 2 reais. É claro que eu congelei, porque eu tinha pegado aquela cédula com mamãe justamente porque não achava que entre as minhas moedas haveria 1,80 pra passagem, e, ah, meu deus, vai começar tudo de novo?!, aquela simpatia de uma figa, poxa, eu tinha confiado nela! Coloquei a mão de novo, aqui, acolá, o trocador me olhando, eu considerando as minhas opções, e a van ainda sem sair do lugar.
De repente, vindo da luz, de um milagre, do céu, do paraíso, um homem aparece na porta!
– Moça, você derrubou o seu dinheiro, ó! – e me entrega uma nota um tanto sujinha de poça d'água. Eu fiquei embasbacada, e o trocador ainda acrescentou antes de o motorista dar a partida:
– Nunca que ia achar o dinheiro no bolso, hein!
Foi minha recompensa por ter sido uma pessoinha adorável e devolvido o dinheiro ao trocador no dia anterior. (Olha, rimou!)
Essa semana, de novo, não sei qual dia, ainda voltando da faculdade, o moço me deu 1 real a mais. Devolvi, e estou aqui lembrando a minha boa ação de volta, por favor, destino, não se esqueça de mim!

sábado, 30 de maio de 2009

O Som e a Fúria

23. Em 1931, William Faulkner escreveu The Sound and the Fury, um clássico da literatura norte-americana. O excerto abaixo é parte da introdução, escrita por Richard Hughes, à edição do romance publicada pela Penguin Books, em 1971.
THERE is a story told of a celebrated Russian dancer, who was asked by someone what she meant by a certain dance. She answered with some exasperation, “If I could say it in so many words, do you think I should take the very great trouble of dancing it?”

It is an important story, because it is the valid explanation of obscurity in art. A method involving apparent obscurity is surely justified when it is the clearest, the simplest method of saying in full what the writer has to say.

This is the case of
The Sound and the Fury. I shall not attempt to give it a summary or an explanation of it: for if I could say in three pages what takes Mr. Faulkner three hundred there would obviously be no need for the book. All I propose to do is to offer a few introductory comments to encourage the reader.
a) Segundo Hughes, em que circunstâncias a suposta obscuridade de uma obra de arte se justifica?

b) Que razão apresenta Hughes para não resumir nem explicar
The Sound and The Fury?

Taí onde eu li aquilo. Prova de inglês da Unicamp! Puxa, mas eu nunca que ia adivinhar, ah, muito, muito obrigada doce Daisy!
Agora sabe que eu me decepcionei um pouco? Ainda é lindo e amor, como quando eu li pela primeira vez, mas minha memória tinha polido e enfeitado a lembrança com um pouco mais de poesia.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Bem queria que cancelassem aula por chocolate


Sem muita lorota porque nem estou postando do meu computador (já que o teclado dele decidiu simplesmente não funcionar, e eu até tentei usar o teclado virtual, mas desisti no “lorota”) e ainda quero ver se consigo ir na locadora: ontem estava toda tristonha na cama sem conseguir dormir, remoendo mágoas, quando decido ir para a TV ver se faço minha cabeça pensar em outra coisa (o que deu certo, se não se incomodam em saber o final da história!).
Liguei o aparelho, fiquei mudando de canal em canal atrás de algo interessante, até que vejo um filme bonitinho com ares de Europa e amor. Era A Fantástica Fábrica de Chocolate (não sei se tem ou não amor porque não vi até o final, NÃO ME CONTEM, não estou ouvindooo, lerolerolero), a versão antiga mesmo, porque a nova já vi várias vezes e enjoei. (Tá, eu não acho que tenha amor, é um filme infantil, nem todos têm paixonites precoces.)
Não peguei do exato começo, só um pouquinho antes dessa cena aí em cima, mas minha atenção ficou presa rapidinho e foram quase duas horas grudada na TV – o que, infelizmente, não garante que eu tenha visto o filme até o fim, já que, para cada 7 minutos de Willy Wonka, tinha um de propaganda.
O ponto é: esse filme é incrivelmente bom, oh, deus. Agora sim eu entendo porque a versão do Tim Burton foi tão má quotada pela crítica, ela não tem nem um pouco do humor bobamente idiota (e lindamente engraçado!) da versão de 71. Puxa, me apaixonei.
Outro ponto é: por que eu só estou vendo esse filme agora? Oi, teria sido o filme da minha infância, e eu provavelmente não teria rido de metade das coisas de que eu ri ontem, então cada vez que eu revesse o filme descobriria mais coisas engraçadas, e, aahh, toda uma série de risadas escandalosas perdidas.
Na aula de Desenho (nem se exaltem, eu basicamente faço linhas e círculos no computador), não resisti: abri o YouTube e fui procurar as cenas de que mais ri, só para mostrar para todo mundo que estivesse disposto a ver e rir comigo. Não riram tanto, ou acabaram rindo de mim, e uma pessoa especialmente desagradável até teve o desgosto de dizer que não teve graça (morra!), mas eu ri até no ônibus, na volta pra casa. Tão bom.
Melhores partes dessa parte:
3) “Class dismissed! ...Class undismissed... Class redismissed!” (Por volta de 1:03.)
2) Repórter de chifres, muito, muito, muito bom, hihihih! (Pulem para 3:02!)
1) O melhor, o impagável, o que de fato me fez rir o dia inteiro, ahhh, nem vou contar pra vocês, vejam por si mesmos em 3:45 e adiante, a doce postura de Mr Gloop frente ao achado do filho, totalmente digna de aparecer na televisão, medalha de ouro.

P.S.: Puxa, eu acabei lorotando que só, né? Mas filme está a caminho graças a motoboy, ê!
P.P.S.: Não me julguem por nunca ter visto esse filme, ah, por favor, já basta galerinha da faculdade imitando o meu jeito de andar e fazendo analogias totalmente desnecessárias que eu não vou repetir. Sério, daqui a pouco eu vou poder chamar de bullying!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Só pra postar mesmo

Ano passado eu via a faculdade como minha redenção dos estudos. Tchau, expectativas, tchau, vestibular, tchau, pressão! Uma galerinha do mal por aí me assustou dizendo que nããão, que era muito pior, pior de um jeito bom, mas piooorr, tenha medo, tenha muito medo!
Aí eu me assustei. Essa não é a vida que eu quero!
Acabou que está sendo do jeito que eu queria, não pé ante pé, mas bem parecidinho, tipo joelho e cotovelo. É conversa pra lá, conversa pra cá, chego atrasada nas aulas, estudo em cima da hora, jogo Uno feito condenada, rio, rio. É tão bom!
E, sei lá, só pra anunciar minha felicidade. Deixo vocês então com uma imagem e uma dúvida da minha infância: Uma gueixa no metrô Qual é o contrário de doce: salgado, amargo ou azedo?

domingo, 24 de maio de 2009

Faceta universitária

Fiz a prova de desenho há uma semana e acho que até gostei, caiu Monet, Duchamp e um pintor brasileiro. O resultado, só dia 26.
Mas aí quando foi quinta, fiquei sabendo que exibiriam Pulp Fiction em telão na sexta, na faculdade. Me empolguei, delirei, e topei aparecer por lá por volta do meio-dia, horário do filme. Apareci, mas acabei perdendo o comecinho (logo minha parte favorita, se é que eu me lembro bem!), porque descobri que teria reunião de um programa de bolsas e fiquei na dúvida se devia ficar com o filme ou com um futuro profissional de vergonha. Fiquei com o filme, mas foi só dar meia hora que, clic, a energia caiu e o filme foi, naturalmente, cancelado.
Fui então pra reunião do tal programa e, apesar de ter perdido a apresentação básica deles, foi tão, tão legal, que eu tenho considerado seriamente ficar com 300 reais mensais em vez da faculdade de Artes Plásticas. Por que, claro, não são só 300 reais mensais, tem toda uma ideia bacana e ações bacanas que eu infelizmente não posso exemplificar porque perdi os trinta minutos iniciais.
Para variar, tem uma prova de entrada, e eu tenho que fazer currículo, carta de motivação, e até dar uma entrevista. Doideira!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Uma figura e suas mais de mil palavras

Foi no prefácio do livro de um poeta. Eu não lembro se estava interessada no autor do livro ou no do prefácio, mas acho que era no do livro, porque ele me lembra grama, brisa e verão.
O autor do prefácio contava uma história: certa vez, após a apresentação de um balé (russo?) famoso, um repórter foi nos camarins e entrevistou a bailarina principal, perguntando o significado da dança.
Ela respondeu:
– Meu caro, se eu fosse capaz de dizê-lo em palavras, não teria tido todo o trabalho de dançar.
Ou algo assim, faz tanto tempo! Tudo muito bonito, tudo muito poético.
Então o autor do prefácio continuava que não havia como escrever um prefácio para um livro tão maravilhoso como aquele, que não fazia sentido tentar explicá-lo e falar sobre ele em pouquíssimas páginas quando o verdadeiro autor levou centenas. O jeito, assim, é começar a ler de uma vez.
Achei lindo.
Escrevi isso no meu caderninho que fica do lado da cama há um tempão, com umas notinhas embaixo: William Blake? Faulkner? De quando em quando faço pesquisas aqui e acolá, mas me canso tão fácil da falta de respostas que até parece que eu gosto do cheiro de mistério no ar.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Happy-go-loving

Para vocês saberem que eu posso ser eficiente quando quero, rá!
Fiquei tão triste, um parquinho de diversões Happy-go-lucky (daqueles bem simples, que tem um carrossel de moto, outro não-identificável e um carrinho bate-bate) se instalou numa praça aqui perto, e eu estava toda ansiosa para ir! Perguntei a um moço até quando eles ficariam por lá, ele me respondeu até o dia 13. Como pouca gente ia por lá e tava tudo meio esquisito, decidi só ir no dia 13 mesmo, que é dia de Nossa Senhora de Fátima, e a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que também fica perto da minha casa, justo na avenida 13 de Maio, fica lotada.
Hoje de manhã passei pela praça e vi apenas o chão vazio e folhas voando, bem filme de faroeste.

sábado, 9 de maio de 2009

Não quero ficar a ver estrelas

Desenhei ontem, cobri ontem, escaneei ontem e só estou postando hoje Goiabas & provas porque eu realmente não quero parecer uma desesperada com o blog! (Mas eu sou.)
As peças foram tão legais, eu tenho que ir mais ao teatro, sério. Um dia eu fui fazer as contas com mamãe e nós percebemos que só vemos peças duas vezes ao ano, quando vemos. Como eu já vi essas duas, espero que em 2009 seja fácil bater a marca! Por que os efeitos de luz e cor, o figurino diferente e delicado, toda a esperteza dos criadores na maneira de usar o palco para diferentes cenários me encanta completamente! E eu realmente, realmente queria fazer parte dessa arte. Tá, se eu for pensar a fundo, queria fazer parte de tudo, mas teatro é algo que eu nunca nem tentei, então... (Mentira, eu já fiz o papel de mãe revoltada da noiva numa quadrilha de São João, e ainda me lembro dos gritos de aprovação depois de eu me esgoelar com outro personagem. Tenho ou não futuro?)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Uma vez vestibulanda... já sabe

Não resisti, me inscrevi para um vestibular de Artes Plásticas aqui mesmo em Fortaleza! Doideira, né, nem sei se vou estudar alguma coisa, até porque todas as minhas apostilas do ano passado foram pra reciclagem e meus livros de Biologia foram pra doação. Talvez eu pegue num livro de História ou, sei lá, chute tudo numa mesma letra!
Agora dia 17 já é o Teste de Habilidade Específica, que inclui observar uma obra de arte e comentá-la, desenhar um objeto exposto, prova escrita de História da Arte e desenho livre. Desenho livre só me lembra Pokémon, quarta série e canetinhas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Encare os seus bolsos!

Computador pifou loucamente depois de semanas no liga-não-liga, até anteontem quando enfim tomamos atitude e mamãe levou para o conserto. Ontem apareceu um scanner aqui em casa, que por acaso coincidiu com a entrega no meu dez em Cálculo, e hoje, de computador ligado e direito, fui inaugurar!
Só que eu não tenho produzido nada de nada, quer dizer, escrevi uma música em inglês outro dia, com meu inglês pobre e feio, que eu, naturalmente, vou esconder até não poder. Aí escaneei minha cara e as coisas que eu levo no bolso. A ideia é do site Face Your Pockets, que eu acho genial, mas infelizmente ele parece estar fora do ar.