quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A pequena sereia

Inevitável.

Montanha-russa

Terminei de estudar a maioria das matérias, decidi que História não era meu forte e deixei as três pro carnaval. As duas faculdades que imagino querer prestar têm História nas específicas, mas enfim.
Peguei o mp3, fui para a cama. E pus-me a escutar minhas músicas favoritas, que também são as mais tristes, calmas e doces.
Então veio. Primeiro um friozinho na barriga, próximo ao umbigo. Aumentou para o abdome e alcançou o coração. Fui até a janela atrás de um conforto mas só encontrei nuvens, escondendo todo o azul do céu. Elas, como eu, pareciam estar no seu limite emocional, quase chorando.
Não tem jeito, vou ter que mudar de gosto musical.
Metal, talvez?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Poesia e paquera

Aconteceu o seguinte: minha mãe recentemente escreveu um artigo que foi publicado num dos jornais de maior circulação daqui, sobre a Simone de Beauvoir. Não sei nada sobre ela, mas é comum minha mãe publicar artigos assim, então sorri quando ela me mostrou o jornal e fim de papo.
Até que terça-feira ligou esse cara, querendo falar com mamãe. Rosa atendeu o telefone, deduziu imediatamente que era um amigo de mamãe e disse que ela estava viajando, em Recife.
O homem soltou um "Ah, que pena..." e Rosa foi imediata: "Quer o celular?"
Ele aceitou e ligou para mamãe. No celular. Mamãe em Recife.
- Olá! Você não me conhece, sabe, mas eu li o seu artigo sobre a Simone de Beauvoir, gostei muito...
- Oh...
- ...e escrevi um poema inspirado no seu artigo!
- Oh...!
- Será que eu posso lê-lo para você?
- Oh! Claro.
E ele leu. Poesia por celular, vai virar moda!
Conversa vai, conversa vem, o homem, que se chama, bem, Sinésio, diga-se de passagem, diz que gostaria de enviar o poema para mamãe, para que ela tivesse uma cópia.
- Certo, você pode mandar pro e-mail, que tal?
- Ah, eu não me dou muito bem com isso de computador... - e fez uma pausa - Quantos anos você acha que eu tenho?
- Ah, bem, eu não posso dizer e...
- Não, por favor, fale! Tenho vontade de saber!
- Mas eu não sei e...
Depois de insistência, mamãe revelou sua suspeita: entre 50 e 60. E Sinésio fez sua revelação.
- Eu tenho 94.
Agora Sinésio liga três vezes por semana para falar com mamãe e estamos até recebendo o jornalzinho de poesia que ele publica, Mensageiro da Poesia, que já está no seu nº 254 e existe há mais tempo do que eu mesma.

Assim... HAHAHAHAHAHAHA! Soube dessa história hoje, no almoço, e dei umas boas gargalhadas! Inspirada por ela, fui para a aula calma e até que gostei...! Para fechar o dia com chave de ouro, quando mamãe foi me buscar no colégio, 18h30, levou Rosa e Gata. A Gata estava toda encolhida achando que era veterinário, mas isso é detalhe!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Argh

Será que o tempo não consegue entender que eu não estou pronta para essa droga de terceiro ano e precisava de mais alguns anos de férias?!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Decisões importantes

Depois de muito pensar, tomei decisões:
1. Reconheci que eu realmente não quero ler os restos dos livros que eu comprei nessas férias e nem o Quem Mexeu no Meu Queijo? que uma amiga me deu só para eu ficar decepcionadíssima e depois ela tirar outro livro das costas, o real presente.
2. Eu não quero ir para a droga daquela turma do ITA do meu colégio!
O item 1 é auto-explicativo, mas o 2... Bem, pelo menos eu realmente não estudei para a prova de entrada na turma, senão eu teria que incluir as horas de estudo na minha lista de horas da vida que eu quero de volta (que inclui, além do filme Superbad - que eu vi, ARGH!, no cinema, forçada por um amiga -, minhas madrugadas sonâmbulas na cama. A verdade é que elas são muito, muito produtivas, mas eu durmo e no outro dia, puuuf!, esqueci-me de tudo! Às vezes até consigo incrustar algumas idéias na cabeça, como a de uma história em quadrinhos de duas páginas, a de um desenho cheio de flores e até a resolução de que sereias e tritões põe ovos, mas, hã... não é a mesma coisa! A história em quadrinhos nunca vai ser mostrada a ninguém, o desenho das flores eu comecei e percebi que estava ficando uma droga e não consegui mais achar a idéia genial, e a resolução final... A verdade é que eu tinha reinventado toda a história d'A Sereiazinha para contar a meus filhos. E pensado em respostas às possíveis perguntas deles, incluindo a "Mas como eles têm bebês, mamãe querida do meu coração?" E agora só me lembro da parte reprodutiva e de que troquei as adagas que a sereiazinha sente entrarem nos seus pés toda vez que anda por tachinhas, para que meus filhotes não ficassem muito assustados).
As partes boas do item 2 são: vou fazer meu curso de desenho sem precisar faltar nas aulas facultativas de história (YEAH!), vou ter aula com o professor Carlos Augusto, por quem já estou nutrindo uma certa admiração desde que minha prima disse que ele gostava de Magic Numbers e Belle & Sebastian, e serei novata apenas em parte, porque mesmo mudando para o turno da tarde, uma amiga ficará comigo.

P.S.: Também vale dizer que eu até penso em textos para o blog antes de dormir e já planejei nos mínimos detalhes como seria meu post para quando A Gata morresse: com uma referência a Pushing Daisies, algo como "Ned, I really need you here", acompanhado da minha foto com a honeybaby em que eu estou igualzinha ao Truman Capote na orelha de Bonequinha de Luxo.
P.P.S.: Mas é óbvio que caso a xururuca morra de verdade eu vou passar seis meses numa fossa completa, no mínimo.

Boom Boom Music Club

Que noite, hein? Como? Não se lembra?
PAGUE $800


Jogar velhos jogos de tabuleiro é sempre revigorante, principalmente quando eles têm um humor tão mongol a ponto de me fazer rir todas as vezes que a carta aparece.
Só é um tanto triste que eles sejam velhos jogos de tabuleiro e agora eu esteja sofrendo de garganta inflamada...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Caderno de Sonhos

Segunda-feira eu comecei uma terapia. É terceiro ano, é pressão para me encontrar, para decidir, blablablá, então mamãe decidiu que um psicólogo me faria bem. Ok, então.
Ele até que foi bem legal e eu consegui falar bastante. No fim da sessão, ele me pediu para iniciar um caderno de sonhos, eu pensei "Por que não?" e no outro dia estava escrevendo loucamente o meu último sonho numas folhas soltas. Por fim, decidida a tornar isso oficial, comprei um caderno de Puffy AmiYumi e fiz uma capa mais original.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Stabilo preta

Certo vez fui até à papelaria para comprar uma caneta Stabilo preta, porque a minha estava falhando e estragando a minha lista de livros lidos.
- Oi! Eu queria uma daquelas canetas ali, ó, preta.
- Ah, uma Stabilo?
Respondi que, bem, sim.
- Não existe.
- Hã?
- Não existe caneta Stabilo preta.
Dei uma risadinha frustrada.
- Como assim? Eu tenho uma e-
- Não existe. As pessoas compram azul escuro, porque é bem escuro, e acham que é preto, mas não é.
Essa mulher tá me zoando! É claro que é a caneta é preta! Minha nossa!
- Mas as minhas Stabilos pretas eu comprei até aqui!
- Mas não existe.
Engoli minha raiva e frustração, comprei uma nanquim no lugar e fui embora.
Hoje, vendo que não dava para continuar sem uma Stabilo preta, decidi que iria na papelaria e compraria outra. E, aaaaahhh!, se aquela mulher horrorosa com batom no dente aparecesse de novo, bem, eu apenas tiraria a minha Stabilo preta do bolso e esfregaria na cara dela!!! Não existe, é?! NÃO EXISTE? Então o que é isso aqui???
Peguei dinheiro, caneta, chinelo e fui lá.
Cheguei no balcão e encontrei a tal de novo. Falei "Oi!" e dei uma risadinha de triunfo interna. Ela vai ver!!!
- Tem uma caneta daquelas preta? - e apontei pras Stabilos.
- Tem sim. Aqui.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Parece criancinha

É incrível como a minha mãe consegue ser mais criança do que eu em certos momentos!
Saímos para alugar filmes e no caminho paramos para eu comprar algo para comer no McDonald's, enquanto ela ia ao banheiro.
Mas quando ela estava a um passo da porta do banheiro, e eu no caixa, já pagando...
- ...Jana... eu queria comer também...
- Mãe, você vem pedir agora?
- ...Deixa pra lá...
- Tudo bem, mãe. O que é?
- Umsanduíchedefrangooudepeixe!
Pedi um McFish e um suco de uva, porque não acho o de laranja muito gostoso.
Até que minha mãe voltou.
- E aí, filha? Pediu o quê para eu beber?
- Suco de uva.
Ela gemeu, fez cara de desgosto e ainda falou baixinho:
-...Uuuuuuvaaaaa...?
Suspirei. Isso lá é jeito de mãe agir frente a alguém a quem deve servir de exemplo?
- Do que você queria?
E, com um muxoxo:
- ...Laranja...
Aí de repente uma atendente aparece, para salvar minha pele:
- Olha, o suco de uva vai demorar uns dois minutinhos para ficar pronto, então se vocês quiserem esperar ou pedir outro, é decisão de vocês.
Como todo mundo sabe que dois minutinhos de atendentes é bem mais do que dois minutos normais, pedi logo um suco de laranja, que, afinal, também era o que minha mãe queria. A atendente sorriu (é claro) e foi colocar o suco.
- ...Laranja, Jana?
- Hã?
- Sabe... se são só dois minutos, nós podíamos esperar...
- Mas, mãe!, você disse-
- ...Eu queria provar o de uva...
Falei com a atendente, ela deixou o suco de laranja já servido num cantinho e nós esperamos cinco minutos pelo de uva.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Minha relação com trocadores de ônibus

Quanto mais eu penso, mais eu percebo: minha relação com os ônibus é uma relação de amor e ódio!
Dar trinta centavos a mais para facilitar o troco, oferecer o colo como assento para os livros de alguém, dizer "Obrigada!" a um motorista repetido são de fato pequenas coisas que alegram o meu dia, mas o número de infelicidades e situações tristes que me acontecem neles é bem razoável.
Para começar, minha relação com trocadores de ônibus não é nada boa. (Nem com motoristas nem com passageiros, mas vamos relevar essa parte...)

Certa vez estava voltando da minha aula de música e peguei o ônibus de costume. Entreguei a carteirinha de estudante e o dinheiro (um real, contado) à trocadora e me adiantei na roleta. Deixa que nossa querida coadjuvante não estava nos seus melhores dias e deixou que eu rodasse a roleta sem passar a carteirinha! O sistema automaticamente gravou que a passagem era uma inteira e ela começou a olhar para mim com uma cara de "me arranje mais 60 centavos!", o que certamente era um problema, já que a única coisa que eu tinha nos bolsos era mais 20 centavos, troco da passagem de ida, e talvez alguma embalagem de chiclete Big Big. Depois de um olhar nem um pouco agradável da parte dela, me sentei. Só nos restava esperar que um novo passageiro entrasse e pagasse inteira.
Felizmente, logo na outra parada duas pessoas apareceram na porta e meu rosto se iluminou!
- Inteira? (Trocadora, muito mal humorada)
- Hã... Pass Card.
- Ah, então sentem aí porque essa garotinha aqui - disse e apontou para mim com o dedão horrível dela - girou a roleta antes que eu pudesse passar a carteirinha dela e agora o sistema cadastrou uma inteira! Eu é que não vou tirar o dinheiro do meu bolso, então vocês vão ter que esperar alguém pagar uma inteira!
As duas pessoas se sentaram meio confusas, mas eu não pude deixar de sentir uma fusilada do olhar delas em mim, e só consegui me encolher mais e mais.
Na outra parada, outra pessoa entrou...
- Inteira?
- Ah, não... Meia... Por qu-
- Senta aí então, que essa garota aqui mexeu a roleta antes de eu passar a carteirinha de estudante e agora o sistema cadastrou uma inteira! Vocês vão ter que esperar alguém pagar essa inteira!
- Hum... ok.
E novamente aquela fusilada...
Na outra parada, três pessoas. Nenhuma inteira.
- Pois o jeito é vocês se sentarem aí, porque essa garotinha bem aqui girou a roleta antes que eu pudesse passar a carteirinha dela e agora ficou cadastrada uma inteira! Só vai passar quem pagar inteira!
O percurso seguiu desse jeito... Curiosamente só entravam pessoas com Pass Card ou que tinham carteirinhas, nada de inteira, nada de alma bondosa que evitasse olhar minhas costas.
Depois de três quartos do caminho foi que o messias subiu.
- Inteira?
- ...Sim...
Deu o dinheiro à trocadora, passou na roleta, e de repente todo mundo atacou! E era tanta gente na parte de trás daquele ônibus esperando a inteira que quando eu fui passar para a frente (por último, é claro), quase não havia cadeiras vagas! Mas eu já estava do tamanho de uma formiga, então facilmente arranjei um lugar para ficar.

Outra situação não tão vergonhosa mas assustadora aconteceu num dia em que minha mãe não tinha troco para o ônibus e me deu duas notas de 10 reais, para a semana toda.
Fiz o procedimento padrão de subida de ônibus e me virei para tirar o dinheiro da mochila. Entreguei a carteirinha ao trocador e uma das notas de 10 reais, e por fim me virei de novo para guardar a outra nota de dez.
Quando voltei minha atenção para o trocador, ele estava com as mãos vazias e um olhar distante.
- Hã?
Ele olhou em volta, mexeu as mãos e me olhou de novo com o olhar distante.
- Como assim?! VOOU?!
Ele olhou para baixo e para trás, sempre lentamente e com aquele olhar irritante.
- NÃO! Meu dinheiro voou?!?! Como assim?! Não! Não!
Era o meu dinheiro da semana!!! Como assim?! DEZ REAIS! Não posso perder tudo isso assim, de moleza!!!
Ele olhou para baixo conseguindo ser ainda mais insuportável e num movimento rápido tirou uma nota de dez do bolso e me entregou com um sorriso odioso.

E infelizmente as histórias não param por aí... A quantidade de socos acidentais que levo não é pequena, e até um cafuné eu já consegui.

P.S.: Até poucas horas atrás eu jurava que num certo trecho da música Um Mundo Ideal, de Aladdin, ele cantasse "que a na-natureza", desse jeito, repetindo a sílaba. Percebendo que não fazia sentido algum e era horrível, analisei a situação e descobri que na verdade é "que há na natureza". Vergonhoso.
P.P.S.: OK, EU MENTI. Google me ajudou na descoberta.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Pareço criancinha

Nessas semanas de férias não tenho tido muita fome, acordo à tarde, não tomo café-da-manhã (e adoro café com leite, uma tristeza! Tomar à tarde nem rola, aí é que eu não durmo mesmo!), almoço mal e nem biscoito como, porque já acabei os que tinha há dias.
Mamãe, em frente a essa situação apavorante, me levou ao médico e pediu um vermicida e algo para soltar o apetite. Agora que comprimido de gosto horrível, viu!
Amo tomar comprimidos, mas... ia preferir bem mais se ela tivesse comprado Biotônico Fontoura.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Minha primeira lista de ano novo

Nunca fui muito festiva com ano novo, sempre preferi Natais, porque, além dos presentes, hihi, tem toda a festa e risos em família. Sem falar que eu nunca entendi muito bem porque comemorar ano novo e não mês novo. Assim, ter que esperar um ano para ter novas esperanças e desejos de futuro é muito tempo! Prefiro bem mais me renovar a cada mês, a cada minuto.
Enfim!
Mesmo assim, contradizendo esse primeiro parágrafo, eu fiquei com vontade de fazer uma lista dessa vez... Lá vai:
1. Quero me dar bem na minha nova turma, já que eu vou ser praticamente uma novata...
(O que é bem assustador, já que não tive um bom começo... No dia da prova para entrar na turma, fui com minha linda camiseta "AUTISMO, um jeito de ser" e apenas me sentei num sofá e li o livro da época enquanto ouvia música... Certo, foi um péssimo começo!)
2. Quero perceber enfim qual é a coisa que se sobressai entre todas as coisas que eu gosto e seguir esse rumo!
(Até um tempo isso estava marcado para essas férias... Mas não tem servido muito. Eu só estou é arranjando mais amores, e ficando ainda mais dividida!)
3. Quero fazer um curso de desenho!
(Bem... É... O plano era para essas férias, mas... MEU DEUS, O QUE É QUE EU ESTOU FAZENDO NESSAS FÉRIAS?! Tenho que tomar uma atitude!!!)
4. Tomar uma atitude!
5. Dobrar mais os joelhos sempre que eu me abaixar.
(Vocês sabem, cuidar da coluna!)
6. Lerlerler.
(Já que quanto mais eu leio mais eu percebo que na verdade não sei de nada! Frustrante!)
7. Ser feliz.
(E parar de fazer esses comentários bobos em parênteses.)

Eu até pediria dinheiro também, mas uma amiga da minha mãe me deu uma bonequinha que se você colocar na carteira atrai dinheiro, então tudo bem.