segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Manteiga derretida

Nem sou choronaAs Pontes de Madison me partiu o coração, Meryl Streep tão linda! A quantidade de lágrimas de Jane Eyre, da Charlotte Brontë, nunca vai se repetir. Pense nas estrelas. Nos planetas. No sistema solar. No tamanho do universo. Na escuridão de tudo isso. Deus, como nós somos mínimos! Que vertigem. Nunca me senti tão boa do que quando chorei pela tristeza de um amigo. Logo em seguida li no jornal que Saramago tinha morrido, o soluço aumentou. Uma menina feia e esquisita vai algum dia encontrar alguém que ame e a ame de volta? Certa vez fui expulsa de sala por dar um tapa num garoto (que tinha me dado um tapa) e me refugiei no banheiro. Depois descobriria que o menino de quem eu gostava me viu, e bem quis tatuar um saco preto na cara, para ninguém nunca mais me ver. Eu ainda não entendo como chorei tanto naquele ônibus, logo depois de me despedir da minha melhor amiga (para nunca mais vê-la). Choramos juntas também, aos abraços. Mas eu só tinha 12 anos. E nem é como se abrisse meu coração como abro hoje em dia com os friends, como poderia me sentir tão ligada a ela? Amizade é assim mesmo, né? Sentimento.