terça-feira, 17 de novembro de 2009

1 ônibus, 2 ônibus, 3 ônibus...

Dormi fora de casa (e fiquem totalmente à vontade para fazer suposições sobre o colchão em que deitei, se é que dormi de colchão) e de manhã foi uma complicação só para achar a combinação de ônibus correta para me levar ao meu campus com a maior eficiência temporal possível.
Sem pensar muito nem considerar o futuro grande arrependimento, decidi ir até o terminal (de ônibus), pegar o 30 e, assim que as linhas deles se cruzassem, descer e pagar outra passagem no 75, que me levaria direto à faculdade. Acabou que o negócio deu mais volta do que montanha-russa, e, a meia hora da hora da minha reunião, eu estava a uma hora de distância do campus. Meu ônibus parou num sinal e, para meu desespero, vi o 75 passar na perpendicular, onde o 30 iria dobrar.
Eu tinha planos de descer na parada seguinte para trocar de linha, sabe, mas com esse ônibus voando pela avenida, dá-lhe 50 minutos até chegar o seguinte.
Meu ônibus dobrou, eu fazia a maior careta, e acabou que conseguimos, eu, minha força positiva da agonia do eterno atraso e o motorista (ele também merece crédito, vai), emparelhar com o veículo desejado, e eu nem precisei gritar Siga aquele carro! Foi só os dois pararem para eu pedir pro motorista por favor abrir a porta, descer do ônibus e ver o 75 ir embora.
Ir embora.
Não deu outra, voltei e subi no 30 de novo, sim, pela porta da frente, por onde só deveria descer gente e subir idosos, o motorista berrou pra mim Minha filha?! como se eu fosse uma criança me divertindo acendendo e apagando a luz, eu disse que queria ter pegado o ônibus que tinha acabado de ir embora, o homem do lado riu.
Quando emparelhamos de novo, eu pedi de novo para o motorista abrir a porta, mas minha energia positiva vinha sendo drenada.
– Não vai dar tempo não.
Foi o que ele disse, o idiota, e nem abriu a porta. Pela terceira vez os ônibus pararam juntos, e eu falei de um sopro para nem perder tempo:
– Dá pra abrir a porta de novo por favor agora vai dar tempo que eu sei desculpa o incômodo aí brigadão!
Ele abriu, eu só fiz descer e bater desesperadamente na porta do ônibus seguinte, subi e foi um alívio.
Esse não seria o meu último ônibus, ainda tive que pegar o gratuito que circula apenas dentro do campus, e tive a alegria (bom, foi meu primeiro motivo de sorriso desde que pisei fora da casa onde dormi – uuuhhh) de ver, em terreno universitário, uma placa que dizia: VAGAS PREDEIRO. Em breve, fotos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Boca fechada não entra mosca

Aiaiai, ok, oficialmente retiro tudo o que eu disse no post passado. Novembro é mês de NaNoWriMo (participem! participem!), ou seja, ralar para escrever diariamente 1 666 palavras e lucrar ao final de 30 dias um romance de 50 000. Ano passado eu tentei e empaquei nas vinte mil, mas também o vestibular não ajudou na motivação. Esse ano, mesmo depois de muito tempo parada na escrita, há meses sem ter vontade de criar histórias e ainda com horrores de ausências no blog, respirei fundo e encarei o desafio.
Só que eu não sei se desaprendi a escrever (muito possível!) ou se eu sempre fui prolixa assim. Por que eu simplesmente não tenho conseguido organizar minhas ideias! E, por mais malucos que os parágrafos acabem, não me sinto nem um pouco tentada a mudar o estilo. Só de passar os olhos no que acabei de escrever, já sinto desgosto. Até esse post está ficando incrivelmente pseudocult. Mas o plano vai ficar, e esse ano eu serei vitoriosa!
Para encher um pouco de linguiça, um parágrafo do que eu consegui inventar (nada necessariamente decente).
O plano inicial era apesar assistir um filme, passar o tempo em algum lugar que não fosse a praia, porque, se a família fosse tomar mais sol do que já vinha tomando, era capaz de o bronzeado virar torrado. Assistiram, comeram todos juntos um lanchinho infantil que vinha com lembracinha – Mas eu quero o roooosa, disse Manu – e porque não dar uma passada na livraria? Mas aconteceu como acontece de acontecer, se perderam na modernidade polida e brilhante do lugar, e acabaram na Toca do Noel. Tente imaginar um monte de luzinhas de natal decorando um saco de bolas de gude. Pegue duas bolinhas e estes foram os olhos de Manu.
(Ainda tenho que tomar vergonha na cara e responder uns comentários, não sei mais o que é isso há um bom tempo. Mas amo todos vocês!)