Assim que estralei a coluna, perguntei a mamãe:
– Quer ver?
– Quero sim! – mas essa minha mãe é tão besta que se endireitou toda pra pôr os óculos e ler com uma entonação vergonhosa, bem ao estilo para-de-ler-assim-mãe. Findas as besteiras, dei continuação à história.
– Dois dias depois, eu a vi de jaqueta jeans. Perguntei se tava tudo bem, né, mas ela disse que só tava usando a jaqueta por causa do frio.
– E ela existe?
– Hã?
– Você viu de verdade uma menina com esses negócios?
– Vi, mãe! Claro que ela existe! Tu tava achando que ela era invenção minha?
– Aaaahhh, então essa menina é real!
– Mãe, eu ia inventar a maior fábula pra explicar a aparição de uma espinha? – ela riu. – Se fosse assim, seriam muitas e muitas páginas pra justificar todos essas protuberâncias na minha cara!
– Então todas as tuas historinhas são reais?
– Mã-ãe...
3 comentários:
kkkkkk Não acredito que você foi tocar! Mas e ai, como tá o queixo agora?
hahah adorei o post. e vc ainda foi tocar, já pensou se pega? (essa sempre é a nossa reação, né)
Sério que sua mãe achava que vc inventava seus quadrinhos? E, peraí, você sempre mostra pra ela? Que relação, amor! Mamãe nunca lê o que eu escrevo e espero que ela não tenha o hábito de googlear meu nome, sério!
E, ai, qualquer dia desses preciso responder seu último e-mail, mas é melhor esperar um pouco pra não escrever só lamentações. Você chegou a acompanhar aquela história com o menino do cachecol roxo. Bem, isso tudo acabou de uma maneira muito trágica e estou bem longe de me recuperar.
beijos, jana!
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