sábado, 30 de janeiro de 2010

Precisando de Biotônico Fontoura

Mamãe andava preocupada com minha parca alimentação, minha extrema preguiça e os meus horários um pouco malucos, mas nem tanto, e me levou a um médico que ficava num shopping.
Chegando lá, expliquei minha situação: falta de apetite, preguiça em excesso, sono abundante, e o cara simplesmente disse:
– Mas isso é absolutamente normal! Ela é jovem, está de férias, tem mais é que aproveitar. Você acorda cedo nas aulas?
– Acordo.
– Pois durma à vontade!
Mamãe insistiu na comida que eu não comia, que meu pico era três sanduíches por dia, que há muito tempo eu não via a cara do arroz, não dava pra eu continuar desse jeito, eu ia definhar, e o médico deu uma sugestão muito efetiva:
– Faça o seguinte, sem tirar nem pôr. Compre umas correntes, uns cadeados, e tranque a geladeira, a despensa, o armário. Não deixe ela tocar em nenhuma das comidas, em nadinha. Aí você vai ver ela com fome, aí você vai ver ela lutar pra comer!
Mediu minha pressão, deu uma espiada na minha garganta, analisou minha respiração e quando foi checar meu peso, perguntou:
– Você se acha gorda, magra, como é? Você não quer ser que nem aquelas mulheres-palito da TV não, quer?
Por fim, uma curiosidade: estava pesando 59 kg, certamente o maior peso que eu já tive.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Biquíni esse que eu não usava há um ano

Fui à praia. O objetivo principal era pegar um bronze, que mal peguei, mas lá estava meu primo praticando seu kitesurfing e de repente lá estava eu sendo arrastada por ele e a pipa, no meio daquele mar enorme azul, de colete salva-vidas e biquíni. A emoção foi acontecendo, o vento arrastando minha cara, o verão tinindo na minha pele, as correntes marítimas arrastando a parte de baixo do meu traje de banho duas peças. Chegou uma hora crítica que eu tive que ficar com uma mão segurando a roupa, imagina eu saindo no mar toda Iracema? Não. Não ia dar certo. Aí veio meu primo:
– Vou botar um pouco mais de emoção aqui!
E eu nem entendi, nem ouvi, o vento não só arrastava meu biquíni como também as palavras, e minha única mão que tava segurando meu primo soltou e eu fiquei sozinha no marzão.

domingo, 24 de janeiro de 2010

“Mas tu gosta de fazer prova”, diz Rebeca

Não resisti quando vi que hoje ia ter prova, tive que me inscrever. Francês, pra entrar no quinto semestre, 8 pessoas para mais de 30 vagas.
Acordei às 7h30, me levantei na moleza, tomei banho na moleza e foi meia hora mastigando o sanduíche. Na bolsa: livro de conjugação de verbos em francês, carteira, celular, SuperTrunfo da Pixar, remédio de pele pra comprar na farmácia, ficha de inscrição e uma 3x4 medonha.
Quando eu sentei na carteira à espera da folha de prova: e a caneta?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Um cardápio verdadeiramente saudável

Cardápio de sucos terapêuticos do MariettaFiquei em dúvida sobre qual suco escolher, tantas, tantas opções! Mais do que isso: tantas, tantas opções aplicáveis à minha vida!
Boa visão não pareceu uma boa escolha por causa da cenoura (mas meus óculos bem que gostariam de ser menos fundo de garrafa) e pele perfeita parecia iogurte (ia precisar de uma caixa de cereais para eu apreciar o suco ao seu máximo). Acabei com o depressão para ver se saía da molenguice, mas veja só, abacaxi e melancia não é uma boa mistura. O filme terminou e ainda tinha suco no copo.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Cabelo tutti frutti

Fiz mechas no cabelo!Tã-dã! Rachel é essa amiga que sempre, sempre mudou de cabelo. Quando a conhecia, ela era ruiva, mas o cabelo natural era castanho. Cortou, ficou loira, fez mechas cor-de-rosa aqui em casa (com papel crepom!), parou de fazer escova e encarou de braços abertos os cachinhos, cortou franja, etc, etc. Eu ficava só observando, de esguelha, sem coragem.
Segunda-feira eu fui cortar o cabelo num shopping (por falta de conhecimento em matéria de cabeleireiros) e me assustei com o corte 50 reais. Não tive coragem, mas fiquei perambulando pelo lugar atrás de algo para comprar e não perder viagem. Já tinha desistido de tirar a carteira do bolso e estava a caminho da parada quando minha memória rebobinou e eu vi: Cosbel, loja de cosméticos e produtos de beleza. Voltei e não perdi viagem.
Descobri que: descolorir o cabelo é muito divertido! E é viciante! Agora eu entendo MariMoon e pessoas da laia, meu deus, como é legal ficar loira, depois não ficar mais, e mudar, mudar, mudar. Não sei como me aguentei tanto tempo com esse preto entediante.
Agradecimentos a Gabi, quem provavelmente me deu a maior parte da coragem quando apareceu aqui exibindo seu restinho de mecha. (Essa menina não para de aparecer no blog? Xô!)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Grand finale

Eu sempre fui filha única, nunca convivi com meus irmãos, sempre tive amigas repletas de sentimentos fraternos, é minha irmã é muito chata pra lá, tô morrendo de saudade do meu irmão pra cá. Minha mãe tem oito irmãos, mas nem considerou que eu fosse querer um também.
Gabi veio, passou duas semanas comigo, dormindo no mesmo quarto, comendo da mesma margarina, assistindo a mesma TV, e segunda se foi! O apartamento ficou grande demais pra mim.

sábado, 9 de janeiro de 2010

As aventuras da semana

Grogadas!Gabilu veio de São José e está aqui em casa desde o ano passado! Passamos muitos dias grogues (principalmente após lanche do Catatau, e depois da injeção de preguiça no hospital também) em casa e fora de casa (muitos, muitos dias fora de casa!). Não podemos evitar, a groguez nos invade.
Nos restam dois dias e mal sabemos o que fazer com tantas opções na cidade! (E nenhuma vontade de sair, comentário por Gabi.) Teatro? Centro? Cinema? Balada? Praia? Serra? Pôr-do-sol? Restaurante chique à beira do mar? Oh, dúvidas!
O bolo de maçã ficou uma delícia, e certamente não nos fez passar mal. O jogo de War nem foi terminado, a gente se cansou pelo meio. A mala de Gabi vai voltar entupida de livros que ela não leu, apesar de todas as tardes gastas no sofá lendo. Quase zeramos RollerCoaster! E vimos um filme gay e incestuoso. E outro extremamente cômico que ainda gera comentários. E outro extremamente longo, de dar raiva em qualquer um de tanto sofrimento que nossa Björk passava.
Fechando com chave de ouro, uma obra-prima que lemos na biblioteca pública:
O casamento de porcolino