domingo, 24 de outubro de 2010

Titanic

Morte anunciadaTenho pavor de filmes apocalípticos porque fico imaginando como eu reagiria naquela situação. Nunca dá pra ter certeza até acontecer. Eu vou fazer a coisa certa? Daria minha vida por alguém? Tenho medo de não.
Conversando sobre política no ônibus, expus meu ponto de vista sobre aborto. A discussão ficou pessoal e eu disse que, na terrível circunstância de um estupro, eu não cometeria um aborto, teria o bebê e daria para adoção. O medo era de não amar meu filho o tanto que ele mereceria. Que qualquer pessoa merece. Achar que na realidade ele nem merece nenhum amor. Um homem metido disse que eu de maneira alguma faria isso, que as mães aguentam tudo, que eu teria o baby e o amaria e seríamos felizes para sempre. Eu fiquei emocionada com a confiança dele no amor materno, mas na hora não pude concordar.

3 comentários:

deborah disse...

eu concordo com você. acho que ninguém é capaz de amar alguma coisa que veio de provavelmente o maior trauma da vida da pessoa.

Gab disse...

Eu tenho a mesma opinião. Em caso de estupro nunca pensaria em abortar, mas acho que não conseguiria amar a criança como ela merece. Sempre lembraria daquele momento horrível.
E aí então eu daria para a adoção, onde ela teria chance de encontrar alguém que a amasse de verdade..
Mas sei lá, isso eu penso agora. E que isso nunca aconteça comigo, mas nunca se sabe o que eu pensaria mesmo se acontecesse.
Confuso né?
Beijo.

Camila disse...

Muito bonito mesmo o otimismo do cara do ônibus com o amor materno, mas pode ser que a gente não consiga msm ter todo esse amor, tanta resiliência. Numa situação de estupro confesso que não sei se seria capaz de cuidar de uma criança q me lembraria um trauma... sei lá... tantas variáveis envolvem a questão do aborto. Pessoalmente eu sou contra o aborto, mas isso é de cada um... e a legalização já é outra história... e esse seria um comentário muito mais longo... rs.

Beijos ;D