Hoje, passeando com grupo pelo campus, por acaso encontrei, mas veja só!, carinha do ônibus de anteontem e de ontem!
Eu e amiga que estava no ônibus comigo passamos rindo sem fazer barulho, aos cochichos, totalmente nem um pouco discretas, e depois que não conseguimos fazer o que íamos fazer voltamos pelo mesmo caminho. Eu fiquei de dizer “Gato Preto?”, interna que ele certamente entederia, e então tudo daria certo.
Viramos a esquina.
Ele olhou.
Abri minha boca bem aberta, com uma grande cara de surpresa e uma expressão que parecia dizer: Gato Preto?
Ele desolhou.
Fim.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Sintonias & fixações
Quando eu ainda tinha aula de inglês (puxa, puxa, estou de férias, estou de férias!) e ainda me preocupava com horário, ou seja, me incomodava de chegar mais cedo na parada de ônibus para pegar linha decente, acontecia de eu ver muitos, muitos aviões.
Numa ida de manhã, eu via três. Na ida pra faculdade à tarde, mais dois, mais três. Houve dia em que cheguei a contar assim nove, e mais um helicóptero!
Mas toda essa obsessão é por causa de uma história que eu li, que um passarinho assobiou no meu ouvido, de que se você ver dez aviões num único dia, você tem direito a um desejo. Um único e belo desejo, que acontece – é claro.
Acontece que eu sou toda doida por tudo que tem a ver com desejos. Dente-de-leão? Sempre soprei e fiz pedido. Velinhas de aniversário, sussuros antes de dormir, poço de desejos, adoro tudo isso. Fiquei sabendo dos aviões e me pus a contar. Nunca consegui, nunca tive meu desejo.
Contei a amigo da faculdade, ele soltou:
– Eu vejo muitos aviões todos os dias. Eu moro na Aerolândia.
E também tem toda a história de ver hora repetida, números iguais, 12:12, 04:04? Que significa que tem alguém pensando em você. Alguém apaixonado por você. (Parte claramente modificada para se encaixar nos meus interesses.)
Pronto, outra coisa que me viciou. E viciou num vício totalmente indiferente e casual, já que a hora não vale se for intencional, se ficar esperando, etc, tem que olhar pro relógio e PUF. Na faculdade eu via várias e várias vezes numa tarde, numa semana, e galera toda crente de que eu trapaceava (não!). Não trapaceava, descobri trama, e nem sei mais se quero ver essa hora especial, hm. A não ser que seja alma gêmea do ônibus, que conversou comigo sobre Edgar Allan Poe e foi total besta com suas histórias de como o conto tinha toda uma explicação profunda e filosófica sobre vida e morte que ele infelizmente não se lembrava mas certamente existia! Hoje até o vi de relance, mas neca de conversa.
Numa ida de manhã, eu via três. Na ida pra faculdade à tarde, mais dois, mais três. Houve dia em que cheguei a contar assim nove, e mais um helicóptero!
Mas toda essa obsessão é por causa de uma história que eu li, que um passarinho assobiou no meu ouvido, de que se você ver dez aviões num único dia, você tem direito a um desejo. Um único e belo desejo, que acontece – é claro.
Acontece que eu sou toda doida por tudo que tem a ver com desejos. Dente-de-leão? Sempre soprei e fiz pedido. Velinhas de aniversário, sussuros antes de dormir, poço de desejos, adoro tudo isso. Fiquei sabendo dos aviões e me pus a contar. Nunca consegui, nunca tive meu desejo.
Contei a amigo da faculdade, ele soltou:
– Eu vejo muitos aviões todos os dias. Eu moro na Aerolândia.
E também tem toda a história de ver hora repetida, números iguais, 12:12, 04:04? Que significa que tem alguém pensando em você. Alguém apaixonado por você. (Parte claramente modificada para se encaixar nos meus interesses.)
Pronto, outra coisa que me viciou. E viciou num vício totalmente indiferente e casual, já que a hora não vale se for intencional, se ficar esperando, etc, tem que olhar pro relógio e PUF. Na faculdade eu via várias e várias vezes numa tarde, numa semana, e galera toda crente de que eu trapaceava (não!). Não trapaceava, descobri trama, e nem sei mais se quero ver essa hora especial, hm. A não ser que seja alma gêmea do ônibus, que conversou comigo sobre Edgar Allan Poe e foi total besta com suas histórias de como o conto tinha toda uma explicação profunda e filosófica sobre vida e morte que ele infelizmente não se lembrava mas certamente existia! Hoje até o vi de relance, mas neca de conversa.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Goiabada com queijo

quarta-feira, 17 de junho de 2009
Esse meu gosto musical definido pela nostalgia
Houve essa época em que eu morria de medo de ouvir a mesma música várias vezes, de rever e ver mais uma vez um mesmo filme, e, de repente, ver a magia se esvair.
Eu ia gostando de uma coisa aos pouquinhos, poupando sempre para o futuro.
Um dia, cansada dos limites, me entreguei ao replay eterno. Hoje, muitas músicas são dignas do meu replay, porque eu simplesmente estou com preguiça demais para achar uma música que me encante de verdade, e deixo uma meia-boca tocando e tocando, é só apertar um botãozinho mesmo.
De vez em quando, então, preciso me lembrar de que, ei, querida, dá para apreciar uma música bem mais do que você tá apreciando, e coloco para tocar aquelas músicas que já estiveram no replay em algum passado remoto para sorrir de nostalgia.
Eu ia gostando de uma coisa aos pouquinhos, poupando sempre para o futuro.
Um dia, cansada dos limites, me entreguei ao replay eterno. Hoje, muitas músicas são dignas do meu replay, porque eu simplesmente estou com preguiça demais para achar uma música que me encante de verdade, e deixo uma meia-boca tocando e tocando, é só apertar um botãozinho mesmo.
De vez em quando, então, preciso me lembrar de que, ei, querida, dá para apreciar uma música bem mais do que você tá apreciando, e coloco para tocar aquelas músicas que já estiveram no replay em algum passado remoto para sorrir de nostalgia.
sábado, 13 de junho de 2009
As recentes vitórias
Agora que não vou mais ofuscar o aniversário de alguém, notícias do meu mundo!
Ontem descobri que passei sim para Artes Plásticas, e em primeiro lugar, er. 37 questões certas em 60, não é pra ninguém não! (Cofcofcof.) Mas é só a primeira fase, relaxem! Amanhã tem mais.
E ontem, também, fui à minha muito primeira entrevista. Foi um terrorzinho! Fiquei nervosinha e falando rápido, e tendo longos silêncios pensando sobre como responder ao que me perguntavam, hm. Bom, pelo menos os adultos que me entrevistaram numa mesa redonda um tanto intimidadora deram algumas várias risadinhas e pareceram me achar carismática, sei lá. Me perguntaram sobre os meus hobbies, se planejava voltar com o saxofone, como ia me sentir sendo a única menina do programa, com mais 11 meninos, caso eu passasse, e etc, etc. No fim, passei, passei, passei! A partir de agosto eu começo oficialmente, e vou ganhar uma bolsa de 300 reais (oi, a parte mais importante?), hoho! Já tenho que retomar uma lista um tanto velha das coisas que eu devo fazer com o meu primeiro salário (não te darei ouvidos, mamãe!), mas de qualquer jeito já prometi à tchurma uma rodada paga pra tooodo mundo no Parquelândia Grill, o restaurante mais psicodélico do caminho do nosso ônibus, que tem parede vermelha e amarela, cadeiras verdes e um espelho muito, muito louco.
Ontem descobri que passei sim para Artes Plásticas, e em primeiro lugar, er. 37 questões certas em 60, não é pra ninguém não! (Cofcofcof.) Mas é só a primeira fase, relaxem! Amanhã tem mais.
E ontem, também, fui à minha muito primeira entrevista. Foi um terrorzinho! Fiquei nervosinha e falando rápido, e tendo longos silêncios pensando sobre como responder ao que me perguntavam, hm. Bom, pelo menos os adultos que me entrevistaram numa mesa redonda um tanto intimidadora deram algumas várias risadinhas e pareceram me achar carismática, sei lá. Me perguntaram sobre os meus hobbies, se planejava voltar com o saxofone, como ia me sentir sendo a única menina do programa, com mais 11 meninos, caso eu passasse, e etc, etc. No fim, passei, passei, passei! A partir de agosto eu começo oficialmente, e vou ganhar uma bolsa de 300 reais (oi, a parte mais importante?), hoho! Já tenho que retomar uma lista um tanto velha das coisas que eu devo fazer com o meu primeiro salário (não te darei ouvidos, mamãe!), mas de qualquer jeito já prometi à tchurma uma rodada paga pra tooodo mundo no Parquelândia Grill, o restaurante mais psicodélico do caminho do nosso ônibus, que tem parede vermelha e amarela, cadeiras verdes e um espelho muito, muito louco.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Nem é pelo dia dos namorados!

A primeira versão eu meio que total odiei, aí tentei dar uma renovada no visual, e, hm, passei a odiar menos! Mas, bom, é um presente de coração, e é realmente isso que importa nos dias de hoje, não o tamanho do seu ovo de Páscoa, não o dinheiro que você tem no bolso de trás, e sim o tamanho do seu amor que você tem para dar! (Desculpinhaesfarrapadasocorro!) Um diálogo para dar mais leveza:
jana diz:E, não sei, estou meio agitada agora e sinto que tudo o que eu digitar vai sair meio na correria, na verdade nem sei o que digitar, ai! Maaaas... FELIZ ANIVERSÁRIO! (Já tava na hora do bordão.) Tudo de mais, tudo de tudo o que você quiser, vai do gosto do freguês – que hoje é você e só você (apesar de os outdoors e propagandas tentarem te desacreditar), e espero que tenha aproveitando bastante o seu dia, e que tenha planos de aproveitar bastante a sua vida, because love is just a piece of time in the world, and I know you somehow see what's beautiful in things that are ephemeral. Uuuuhhhh!
*ai... eu queria tentar um estilo mais à paisana
*tipo "desenhei isso às pressas mas veja como ainda ficou maravilhoso"
*só que não ficou maravilhoso
gaba diz:
*hahaha bela definição
*deve ter ficado sim...não se subestime
*e de qualquer maneira, é de coração!
terça-feira, 9 de junho de 2009
Uma aventura de deficientes e desaparições 1/4
segunda-feira, 8 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Nitrado de preto
Ontem teve laboratório de Química e, pra variar, as melhores coisas acontecem por lá. Primeiro, a professora é a melhor que nós temos (e a única mulher!), não exatamente por ela ser uau ou incrível, mas pelo péssimo nível dos outros. Segundo, bom, laboratório, jalecos, reações químicas, corações, tudo é muito maravilhoso!
Outro dia fomos jogar forca no quadro negro (enquanto o papel de filtro secava na estufa) e notamos uns poeminhas muito bizarrinhos e pseudos. Morrendo de rir e, para zoar e completar a onda, escrevi o clássico do Drummond:
– Caramba, hein, altas filosofias no quadro!
(Eu ri.)
– Principalmente esse aqui, viu, profundo – e apontou pro que eu tinha escrito. Quê.
Aí ontem fomos trabalhar com AgNO3 e eu me lembrei de um laboratório anterior em que o monitor falou para termos cuidado com a substância porque ela manchava a pele. É claro que eu tive uma imensa vontade de despejar de propósito na mão pra ver como ficava, é claro que todos me acharam sem-noção, mas eu acabei me esquecendo na época e só fui fazer ontem, com algumas gotinhas, na digital do dedo indicador. O líquido é transparente, e na hora eu não percebi nada, não senti nada, mas quando saímos do laboratório e meu dedo começou a ficar exposto ao sol, bom, ele começou a empretar. Ficou pretão uma hora, ou melhor, marronzão, e parecia que eu estava toda lambuzada de chocolate! Impregnou na unha também, e hoje, apesar de ter saído a negritude da minha digital, tá parecendo que eu brinquei na areia e esqueci de lavar embaixo das unhas. Já estou com saudades!
Outro dia fomos jogar forca no quadro negro (enquanto o papel de filtro secava na estufa) e notamos uns poeminhas muito bizarrinhos e pseudos. Morrendo de rir e, para zoar e completar a onda, escrevi o clássico do Drummond:
S T O PVoltamos à prática e, depois de um tempo, acabei passando do lado do quadro negro de novo, e um menino que também estava de passagem comentou comigo:
a vida parou
ou será que foi o automóvel?
– Caramba, hein, altas filosofias no quadro!
(Eu ri.)
– Principalmente esse aqui, viu, profundo – e apontou pro que eu tinha escrito. Quê.
Aí ontem fomos trabalhar com AgNO3 e eu me lembrei de um laboratório anterior em que o monitor falou para termos cuidado com a substância porque ela manchava a pele. É claro que eu tive uma imensa vontade de despejar de propósito na mão pra ver como ficava, é claro que todos me acharam sem-noção, mas eu acabei me esquecendo na época e só fui fazer ontem, com algumas gotinhas, na digital do dedo indicador. O líquido é transparente, e na hora eu não percebi nada, não senti nada, mas quando saímos do laboratório e meu dedo começou a ficar exposto ao sol, bom, ele começou a empretar. Ficou pretão uma hora, ou melhor, marronzão, e parecia que eu estava toda lambuzada de chocolate! Impregnou na unha também, e hoje, apesar de ter saído a negritude da minha digital, tá parecendo que eu brinquei na areia e esqueci de lavar embaixo das unhas. Já estou com saudades!
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Valeuzão, destino
Hoje voltando do Inglês dei 5 reais à trocadora do ônibus e me concentrei no bolso do short atrás dos 30 centavos para facilitar o troco. Procurei, por acaso achei mais 50 e entreguei para ela com um sorriso: Ó, vou facilitar o seu troco mais ainda!
Nos distraímos um pouquinho nisso e então ela teve que me perguntar:
– Você me deu uma nota de 2, foi?
– Hã?
– Você me deu uma nota de 2?
Aí eu disse:
– Foi – acompanhando com outro sorriso.
A um quarteirão do meu prédio, o estalo: mas eu dei 5 reais para a mulher!
E foi assim que eu perdi três reais.
Para compensar, roubei um bombom na xerox da Biologia, e vou continuar na marginalidade até recuperar minha grana. (Só falta mais 2,95!)
Nos distraímos um pouquinho nisso e então ela teve que me perguntar:
– Você me deu uma nota de 2, foi?
– Hã?
– Você me deu uma nota de 2?
Aí eu disse:
– Foi – acompanhando com outro sorriso.
A um quarteirão do meu prédio, o estalo: mas eu dei 5 reais para a mulher!
E foi assim que eu perdi três reais.
Para compensar, roubei um bombom na xerox da Biologia, e vou continuar na marginalidade até recuperar minha grana. (Só falta mais 2,95!)
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