segunda-feira, 6 de julho de 2009

Blablablarte

Sábado acompanhei mamãe, após um programa meu, a um programa dela, na realidade o programa da família de uma amiga dela que gentilmente a convidou.
O programa era uma reunião de parentes distantes, parecia mais um grande sarau e me divertiu de um jeito muito especial. Todos os familiares eram artistas, assim ou assado, cantavam, tocavam, faziam poesia. E cada um tinha alguma coisa sua para mostrar nesse encontro altamente carinhoso.
Quando eu cheguei, havia duas moças e dois rapazes no palco, cantando músicas dos Beatles sem nenhum instrumento, só com o balançar das cordas vocais, e mesmo assim a melodia era tão incrivelmente completa e encantadora, não consegui parar de sorrir. E quando um genro tocou trompete para substituir os vocais de Imagine, acompanhado de violão, cavaquinho e percussão? Um dos patriarcas não pode evitar falar, entre um sorriso e sorriso, como isso o ajudou a ser bem aceito na família. Ou quando as crianças foram cantar Bebete Vãobora e foi uma coisa tão pauleira que rolaram altas dúvidas sobre a capacidade da pobre filmadora de aguentar aquilo?
O bom humor e a arte me contagiaram de tal modo que terminei de pensar o roteiro da peça para o Natal desse ano e já bolei três títulos provisórios. Só que os três ficaram tão legais que pelo que eu tô vendo vão se aguentar até o final. O primeiro em que pensei foi O coveiro, a doceira, o menino e o rato, porque eu amo fórmulas feitas e amo histórias óbvias, com suspenses óbvios e narrações intencionalmente tensas, quando se faz direito, claro. Depois tive a ideia de Como a cesariana se aplica a crianças, dar um pouco de mistério e poucos dados da história. Por fim, O engolidor de espadas, que é mais épico. Mamãe ouviu os três títulos e disse que não conseguia de jeito nenhum imaginar a história. Achei isso o máximo.

4 comentários:

*Lusinha* disse...

Concordo com sua mãe, não dá para imaginar o conteúdo da história através desses títulos.
Se for para opinar, fico com o segundo; achei o mais curioso.
Bjitos!

Anônimo disse...

Então somo duas, porque, assim como sua mãe, eu não consigo imaginar do que se trata a sua peça com nenhum dos três títulos.

Irena Freitas disse...

Ai, queria que as minhas festas de família fosse legais assim. Mas todos os meus parentes são tão pouco talentosos...
Agora, não dá pra ter idéia do que as histórias vão tratar mesmo! Estou, curiosinha.

P.S.: já está de férias?

Anônimo disse...

Ah, faz tanto tempo que eu nao saio com minha mae (econfesso sentir falta)

Fiz parte de uma familia musical, era divertido. Eu tocava flauta transversa e cantava.
Abraços.