quinta-feira, 30 de abril de 2009

A menina e o fio de cabelo

Princesa da ervilha, créditos para a Lauren Child Quando eu era criança, apesar de não ser grande leitora (a coisa era braba a ponto de meu pai me dar um livro chamado Quem Não Lê Não Vê, que, hm, eu nunca li), havia cinco livros grandes e coloridos que eu particularmente adorava.
Um deles era tipo um atlas, só que de enormes meios de transporte e do que acontece dentro deles. Primeiro aparecia uma grande figura de um navio, depois o navio sem o casco, os andares internos do navio, pessoinhas andando, marinheiros, comandantes, faxineiros, parafusos. Tinha também de avião, de trem, de carro.
A Casinha da Ninoca era outro que eu amava, um livro enorme e grosso que você abria e virava uma casa de três cômodos! Tapetes, papéis de parede, gavetas, roupas, comidinha, setinhas para puxar e transformar o Sol em Lua, a chuva em árvore, tudo em papel e um amorzinho só. Eu adorava admirar todos os detalhes da casa, e, bom, o papel higiênico sempre foi o favorito. (Sem mensagens subliminares, xô!) Tinha também, claro, a Ninoca, uma grande rata que dormia agarrada a um gato de pelúcia.
Para não dizer que eu não lia, o terceiro era um livro da Unicef (e esse eu ainda tenho!), com o perfil de várias crianças do mundo, o nome, a letra, fotos, a comida favorita, seus sonhos, brinquedos, hábitos. É muito colorido e atraente, e as crianças são todas tão lindas!
Os dois últimos são livros de contos de fadas, até que enfim! Um, de Andersen, cheio de figuras dos mais diferentes ilustradores, que eu amava ficar olhando. Não consigo me lembrar de ter lido as histórias (bom, só a do Soldadinho de Chumbo e a do Pato Feio, que eu achava um tanto chata), mas é só abrir e ver de esguelha as imagens que já me vem uma onda de nostalgia. O outro deve ter sido dos irmãos Grimm, porque eu me lembro do rosto da Branca de Neve na página da história dela e de uma figura de Rapunzel que era certamente a minha favorita!
Aí que, para alguém que não gostava de princesas, eu certamente gostava de muitos contos de fadas (ou pelo menos das figuras). E, de uns tempos pra cá, tentando pensar que princesa eu poderia ser, como toda criança faz quando assiste desenho, percebi que eu sou a princesa da história A Princesa e a Ervilha. Sabe, uma menina chega ensopada às portas de um castelo jurando que é uma princesa e pedindo ajuda, aí a rainha a encaminha para um quarto onde a cama tem vinte colchões e uma ervilha embaixo do último, tudo um teste para o sangue real da garota. Quando no dia seguinte ela acorda reclamando que dormiu muito mal (que tipo de princesa é tão rude a ponto de fazer críticas aos anfitriões, né, mas enfim), fica provado que ela é sim uma princesa e se casa com o príncipe encantado.
Eu nunca dormi em cima de mais de um colchão, e nunca acordei com hematomas loucos, mas meu cabelo cai bastante (apesar de eu continuar cabeluda do mesmo jeito) e eu sempre me pego com incômodos esquisitos nas costas, na barriga. Coloco a mão por dentro da blusa e lá está um fio de cabelo!
Mas até agora não achei o meu felizes para sempre.

10 comentários:

Irena Freitas disse...

COMO ASSIM VOCÊ NÃO GOSTA DE PRINCESAS? Jana, não sei se poderei ser mais a sua amiga.
Ok, mentira.
Quando eu era pequena eu até lia bastante. Mas não porque achasse que ler era algo cult e que ia me deixar mais inteligente, eu gostava de histórias (lembro que dentro da minha rotina tinha googloplex de hora-da-história). De histórias e livros de pop-up, porque, TEM COISA MAIS LEGAL?
Adoro os contos de Andersen! Ou Grimm, ou essas coisas. Sabe eu queria poder fazer um trabalho com contos de fadas, ia ser um máximo.
A história da ervilha me frustava/frusta, porque sempre penso que não serei princesa o suficiente pra sentir ervilha debaixo do meu cochão (sei porque já tentei. Gostava/gosto daquela história que a princesa tinha que morar um sapo e depois de muita birra ela descobria que ele era um príncipe. E gostava da Rapunzel porque meu cabelo era enorme igual o dela, quero dizer, não exatamente IGUAL. E também amo A Bela e a Fera, mas isso todo mundo sabe.

Ufa, falei demais!

Luisa Pinheiro disse...

Eu também não lia muito quando era criança (mas dizia que queria ser escritora!). Meu livro favorito era Marcelo Marmelo Martelo, já ouviu falar?
Ai, eu também perco muito cabelo e continuo cabeluda! Não tem coisa pior que cabelo no braço, argh!

Mariana disse...

hauhauaha
Eu sempre li muito, desde pequenininha... O livro que eu mais gosto de ler, por que eu ainda o leio de vez em quando, é "Da Pequena Toupeira que Queria Saber Quem Tinha Feito Coco na Cabeça Dela", é muito engraçadinho... E sabe que às vezes eu me acho feito a toupeira, que ficou examinando os cocos de todos os bichos para saber quem tinha feito coco na cabeça dela, por que quando eu quero saber de uma coisa, eu vou até o fim e não descanso enquanto não souber!
hauhauahuah

Beijos

Nathy disse...

Normal!! Quando a gente encontra, logo ele acaba. Não existe felzes para sempre, e o nosso defeito é sempre querer achar...hehehe. Beijos!

Anna disse...

Eu amava ler quando criança, lembro que na escola a gente tinha uma ficha de livros que tínhamos que preencher com os livros. Enquanto todo mundo entregava umas três fichas por mês, eu entregava mais de 10.
E cara, eu sempre AMEI contos de fada, era super fã da Branca de Neve, mas hoje acho que estou mais Aurora (mas é só por causa do príncipe Filipe).
E eu lembro muito dessa história da Princesa e a Ervilha nas Trigêmeas, já assistiu esse desenho?
beijos

Bárbara disse...

Aaaah, eu ADORAVA esse livro! Além da Princesa e Ervilha, tinha outras histórias bem loucas: lembra de "Rick, topete real"? "As roupas novas do imperador"? Bons tempos, viu. Até os 10 anos, eu lia muito. Mas quando cheguei à 5ª série, me desliguei um pouco dos livros. Bom, a história do meu caso de amor e ódio com os livros é beeem longa! x) E sobre felizes para sempre, eu torço mesmo por você. Em termos de probabilidade, a chance de você encontrar um cara bacana cursando Engenharia é bem grande! ;D

Deborah disse...

é, na verdade eu me engano que gosto de ler até hoje.

poxa, incrível esse fio de cabelo, hein? que frescuro! xô! hehe

Nicas disse...

Quero histórias de princesas rebeldes! A Mulna da disney foi a única que ganhou algum respeito da minha parte! huahua

E eu tinah esse livro do Navio. Adoraaav! Era um da coleção de algum jornal, né? O meu era. xD

Beijos

Iara disse...

Até hoje eu adoro meus livrinhos da infância! Ainda tenho todos aqui, morro de dó de me livrar deles :)
Meus preferidos eram aqueles com texturas diferentes e desenhos super coloridos ^-^
E como assim vc não gostava das princesas? O.O Sério, vc é a primeira menina que eu conheço, que não gostava de princesas... Eu sempre adorei!! As da Disney, principalmente :)
Beijo :*

Gaba disse...

guardei este post nos meus feeds pra fazer um comentário em especial, mas já o esqueci. :( talvez por carta?