O problema é que minha história vai até a adolescência e pára.
Por enquanto!
Hoje estava pensando sobre episódios bacanas da minha infância e sobre como esses episódios não se interligam numa causa maior, o que é necessário para autobiografias de qualidade, quando me lembrei de que aos 8 anos eu queria ser jornalista. Eu já quisera ser caixa de supermercado e taxista, mas dessa vez segui meu sonho e, por quase um ano, eu fui. Dona, criadora, fotógrafa, designer, ilustradora, diretora de arte e secretária do Jornal da criança. Ele tinha quatro páginas, basicamente uma folha A4 dobrada ao meio. Na capa tinha a manchete principal e uma historinha. Na segunda folha, uma receita (!), na terceira, pegadinhas (retiradas do gibi da Ana Maria Braga e do Louro, que, por preguiça de jogar fora e amor à nostalgia, eu ainda tenho) e na última mais notícias.
O melhor é que 26% dessas já anunciavam o meu futuro narcisismo! Manchetes como “Jana compra Lego novo” e “Jana está criando galinha” eram vergonhosamente freqüentes. E as outras notícias também não eram muito melhores, “O preço do jornal aumentou” na segunda edição e “O cachorro do Fernando” (“O cachorro do Fernando está grande, brincalhão, danado e peludo.”) na quarta são provas concretas disso.
Mas eu acho que nada bate essa obra-prima literária da terceira edição:
O natalPerguntas que não querem calar:
Um belo dia uma menina estava brincando, na praia. À noite, ela pintou o cabelo para a festa de natal. E ganhou um patins. Outra menina ganhou um patins e um Tamagochi, vamos velo de perto?...
Por que Tamagochi merece maiúscula e natal não?
Como eu sabia empregar crase mas não pronomes oblíquos?
De que cor a menina pintou o cabelo?
Por que eu estou prestando vestibular pra Física e não Jornalismo ou ainda Letras?
6 comentários:
eu não cheguei a ver esses jornais, mas já sabia da história! uma vez, quis fazer um diário de memórias da infância...mas acabei não escrevendo nada. D: eu não era uma criança muito interessante... (tá, eu ainda não sou uma pessoa interessante).
HSAOHSOAHSAOSAHSOHA!!
Que engraçado, você guarda tudo mesmo heim, quando era criança também "brincava" de fazer jornal, na verdade era uma revista; e prefiro não comentar o nome.
Eu fazia tudo tambám, meu irmão mais novo e meu primo odiavam, pq eles eram meus sócios mas só eu fazia tudo, tinha q tah da maneira que eu queria, que amldade; haha :)
é ngraçado lembrar disso, muito legal a imagem do topo do template!!
Ahh e você vai prestar física! jurava q era alguma coisa com comunicação social, jornalismo, publicidade, mas você sabe o que é melhor pra você então te desejo muita sorte ;)
beijos ;*
Ler esse post me trouxe uma certa nostalgia...e eu que pensei que já tinha me livrado da lembrança do meu finado Jornal Kids (6 anos se passaram e eu ainda não consigo superar esse nome imbecil)!!!
Ah, e eu também era a designer, ilustradora, secretária e tal...digitava tudo, imprimia e vendia pra meus colegas por 50 centavos!
Mas a coisa não deu muito certo...
Eu nunca tive um jornal! O mais engraçado é que o meu plano B é Jornalismo e a uma semana atrás eu prestei vestibular pra Letras (é que na estadual não tem Jornalismo, aí fiquei sem muitas opções). Eu gostava de fazer peças de teatro. Montar um set, o cenário, fazer as falas e depois eu mandava em todo mundo como se fosse a rainha da cocada preta. Ous se não eu gostava de fingir que eu tinha um banco e tinha O Poder monetário.
Agora a cor do cabelo da menina que ganhou o tamagochi REALMENTE me fez ficar curiosa!
Quando eu era guria, queria ser escritora (não que eu não queira mais..), mas nunca cheguei a escrever nada! Se bem que eu nem lembro direito da minha infância, só sei que eu era nerd. Muito nerd.
beeijos
eu nunca fiz um jornal, mas eu brincava de ser apresentadora de jornal com a minha irmã. as notícias eram sempre muito felizes, como vulcões que destruiam cidades e terremotos que acabavam com tudo ;~
;*
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