Ontem eu estava tão nervosinha, demorei pra dormir, até TV vi antes para ver (adorável repetição de verbos!) se me acalmava ou bocejava, mas não adiantou lá essas coisas.
Acordei e comecei meu dia na Casa de Cultura, tentando mudar o horário do Inglês, o que eu não consegui graças ao professor que faltou (viajou!!! Pode um negócio desses?) e à minha idiotice.
Voltei para casa num ônibus completamente lotado, com um trocador mais idiota do que eu que não quis facilitar a minha vida, e cheguei em casa bufando. Um tempo perto das xuxus e um copo de água de coco me revitalizaram, e saí de novo para comprar cadernos.
Só à tarde fui aparecer na faculdade, porque, infelizmente, esse horário de droga vai ser definitivo. Encontrei a sala logo porque já tinha estado lá, me sentei e esperei.
Esperei.
Conversei com a menina do lado.
Esperamos.
De vez em quando um veterano botava a cabeça pra dentro da sala e dava um sorriso maligno. Outra vez um menino desistiu de esperar pela aula (esse não é brasileiro!) e, assim que saiu e fechou a porta, houve essa EXPLOSÃO de risadas. Claro que era trote. Só podia ser trote. Veteranos na porta esperando que os bichos bobos saíssem da sala para tacar ovos, tinta e farinha. Na sala ficou todo um clima de tensão, em que estado estaria o cara? Quando seria a nossa vez?
– Se precisar, eu fico aqui até seis horas!
Eu olhei rapidinho pra janela, ah, dava pra abrir aqui e ali, dar um pulinho, escapar!
Uma hora um menino decidiu se aventurar (ou desistir?) e saiu para dar uma olhada, e os pedidos vieram logo:
– Você volta aqui pra gente ver como você ficou, hein!
– Melhor, passa atrás da sala, pela janela, que dá pra ver!
Ele foi, abriu a porta, sumiu por um segundo, voltou.
Não houve risadas, não houve tinta, não houve ovos.
Aparentemente, a risada de antes que coincidiu com a saída do cara foi apenas... coincidência. Chato, hein?
No final das contas não tivemos nem aula, nem trote, mas foi tudo tão legal que eu estou alegrinha. Ainda tô ansiosa e mais um monte de adjetivos, e provavelmente vou ficar assim até ter um trote tão ruim que eu morrer ou algo do tipo.
2 comentários:
Tenho medo do trote. Acho que no seu lugar eu nem teria esperado pra ver, pularia logo pela janela.
Morri com as risadas-coincidência! hahahaha. Tenho um pouco de medo do trote (por causa do meu cabelo - mimimi - e por causa da minha volta pra casa! Me imagina pegando um ônibus toda suja de tinta... Mas acho que vale à pena depois de tudo que passamos pra conseguir uma vaguinha da universidade, né?
beijos!
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