quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Quem dá mais, quem dá mais?

Semana passada meu ônibus bateu, hoje ele deu o prego. Façam suas apostas pra semana que vem!

sábado, 26 de setembro de 2009

De 9/7 a 14/7

Dias 12/7 e 13/7Eu terminei de registrar minha viagem ao Crato há um tempinho, e enfim criei coragem de digitalizar tudo (que na verdade é pouco). O plano original era escanear, mas descobri que o meu scanner só escaneia imagens de uma por uma, aí bati fotos de qualquer jeito. (De qualquer jeito mesmo!)
Eu também ia pintar tudinho e deixar totalmente amor, mas só de pensar em ter que colorir tudo me batia uma preguiça que eu ficava ainda mais desmotivada a terminar o diário de viagem... (Ainda tem Salvador e Rio para contar, oh deus!)
A página aí de cima foi a minha favorita, por ser a mais gráfica e uma das poucas com nenhuma colagem. Nesse link tem as doze páginas dos meus seis dias.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A minha primeira batida

Agora eu posso dizer para quem estiver disposto a ouvir: já participei de uma batida de carros e sobrevivi.
Estava indo à faculdade nem um pouco atrasada ao contrário de todos os outros dias da minha vida (sempre, sempre atrasada), deixei passar o primeiro ônibus que estava por demais lotado e peguei o segundo, que era até de ar-condicionado, uma maravilha.
Subi, paguei, passei a roleta, e o ônibus estava tão lotado (déjà vu, eu sei) que tive que ir lá pra frente.
Fiquei.
O tempo passou, a viagem foi acontecendo, e aí, totalmente repentinamente, porque, claro, na vida não temos títulos e introduções para prevermos o que vai acontecer ao longo do dia, o ônibus deu o maior freio.
O maior freio.
Todos fomos jogados pra frente pela Física, eu mal me segurava na barra, quase caindo, pessoas foram lançadas em cima de outras pessoas, e aí as portas se abriram, procedimento de emergência. Rápido e indolor, ainda bem.
Saímos, e o ônibus tinha batido no carro da frente que tinha batido no carro da frente. Tchau ar-condicionado, olá atraso, até que senti sua falta.
Quando estava na faculdade e já tinha até me esquecido do clímax do meu dia, um amigo comentou:
– E acredita que perdi o inglês? Aaahhh, fiquei com tanta raiva, o ônibus ficou preso no maior engarrafamento! Teve uma batida.
– AHHH, foi a minha batida! Desculpa, culpa minha!
Aí outro amigo, que mais falta do que aparece mas eu tenho fé de que não vai desistir do curso:
– Você literalmente parou o trânsito.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Terá sido porque não apostei na loteria?

– Eeeei, a sexta passou e a gente nem viu se tu ficou rica!
– Valha, é mesmo, né? Puuuuxa.
– E aí, ficou rica?
– Que nada! Na meeesma de sempre.
– Ah, mas, sabe, não necessariamente é rica de dinheiro. Aconteceu alguma coisa especial na sexta?
Eu pensei.
– Sabe que não? Ah, puxa, não estou rica. Acabou.
– Fica pra próxima.
A única coisa excepcional de que eu me lembro da sexta-feira é a professora de Estatística que dá aula das quatro às seis falando:
– E gente, olha só, hoje eu não vou mais liberar vocês às cinco não, viu, vamos ficar aqui até as seis! Não adianta de nada eu sair daqui mais cedo que eu pego engarrafamento na BR. Então, aguentem.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Queridos leitores do diário

Oi! Meu nome é Janaína!Minha página do projeto supimpa da Paula, o Diário Viajante. Sacanagem ela ficar sozinha com todas essas páginas lindas, eu sei, mas a gente sempre pode ficar admirando! Essa foi a minha favorita. (Até agora!)
Vocês vão notar que eu sou a única narcisista de todas as que já tiveram suas páginas. O problema é que eu não posso fazer nada, tudo o que eu sei é o que eu vivi, pronto! Então lá fui exercitar o meu maior prazer, porque só o blog não basta pra mim.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Muito melhor do que o jogo do bicho

Nota de dois reaisEu não qual é a árvore genealógica, o país de origem, só sei que tirei a nota do bolso para pagar o laquê de cabelo e vi a mensagem. Fiquei tão extasiada que li em voz alta para quem estivesse ao redor do caixa ouvir:
– Quem pegar nessa nota ficará rica em 8 dias! Escreva em 3 notas e verás! VOU FICAR RICA!
Peguei a caneta presa na correntinha e as duas notas de dez que eu ia usar para pagar o laquê e o chiclete de melancia, me apoiei no balcão e me pus a escrever. Quando estava terminando a segunda nota, notei que na verdade estava paralisando o caixa. Acelerei e terminei em outro lugar a terceira nota, que gastei num churros de chocolate. Fui bastante insistente com a vendedora para que lesse a mensagem, mas ela se limitou a enfiar a nota na gaveta. Bom, melhor, mais dinheiro pra mim da terra dos duendes.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Que tal um pouco de catchup?

Sério, gente, não dá pra aguentar! Claro que é bom que ele não fosse dos mal-humorados que ficam reclamando comigo, que não sabem reagir aos meus obrigadas, que passam o resto da viagem me fazendo passar vergonha, Batatinha frita mas é muito jeitinho brasileiro pra minha cabecinha!
Apesar disso, na verdade, apesar de eu sempre reclamar e parecer incomodada, eu acho essas histórias de infelicidades o máximo, porque a gente tem mesmo é que rir da própria desgraça. (Tá que esse acontecimento não se encaixa muito nessa classe, mas abri um parêntese geral!)
Felicidade pura que na faculdade já encontrei a tchurma que aprecia essas histórias especiais assim como eu, que falam do cara maluco que começou do nada a cantar no ônibus e depois saiu espalhando que passou no Ídolos, concordam em chamar aquele trocador bigodudo de Xerife ou simplesmente riem comigo do professor que escreve trêis em vez de três porque a mãe – que ele nunca conheceu – morreu num dia 3, coisa que ele descobriu com o vizinho psicanalista. Professor esse que certa vez nos pediu para corrigir a cozinha com Z da nota de aula, botar um S, ficou rindo e falando:
– Corrijam, por favor, senão vão ficar achando que eu não sei português!

domingo, 6 de setembro de 2009

Espiada na minha estante

Livro de Infância: A Casinha da Ninoca, Crianças Como Você e Histórias Maravilhosas de Andersen, não que eu fosse a melhor leitora.

Personagem que queria ser: Trillian da série O Mochileiro das Galáxias, quer coisa melhor do que ir pruma festa só pra se distrair e acabar vivendo altas aventuras pelo universo porque conheceu o cara certo?

Primeiro livro enorme que lembra de ter lido: Harry Potter e o Cálice de Fogo, incrível como essa foi a resposta de todo mundo!

Filme que ficou melhor do que o livro: A História Sem Fim (90% da história na mesmice para no final o protagonista aprender que o importante é ser ele mesmo), As Pontes de Madison (pieguice ao extremo, só achei o epílogo decente) e Na Natureza Selvagem (jornalístico e sério demais, esperava toda uma ficção!).

Livro que te fez sonhar acordada: Diana Wynne Jones, não me peça pra escolher um só livro.

Livro que te fez chorar: Jane Eyre me fez chorar bem desesperadamente, mas eu choro realmente fácil!

Livro que te fez rir: Como Me Tornei Estúpido, mais por falta de opção. (Não que eu só leia livros lúgubres, mas não consegui pensar em nada!)

Livro que mudou a sua vida: Extremamente Alto & Incrivelmente Perto, do Jonathan Safran Foer, meu livro favorito do meu escritor favorito! Eu descobri tão despretensiosamente e o livro é tão maravilhoso que fez me ter todo um novo patamar na literatura. É moderno, tem referências, tem tristeza, tem amor, tem mil e um personagens, tem comédia, tem ação, tem figuras! Tudo o que todo livro devia ter.

Livro que te causou dor: para não repetir o de cima, pensei em Ponte para Terabítia, mas o filme me marcou bem mais do que o livro. Então vou ficar com A História do Amor, da Nicole Krauss, esposa do meu escritor favorito, hihi.

Livro de cabeceira: não tem nenhum livro que eu goste de estar sempre relendo, me sinto mal pelos novos que deixo de lado!

Livro comercialzão: O Código da Vinci.

Querido escritor: Jonathan Safran Foer, ele é tão lindo e tão incrível e escreve coisas tão bonitas! (Fico até de ciuminho de dar o nome dele aqui de bandeja pra todos vocês, hihihi!) O único problema é ficar anos sem lançar livros. Honestamente, só o Woody Allen é um artista de verdade nesse mundo, não fica só ruminando e todo ano, faça chuva faça sol, tá de filme novo, porque fazer filme é pra ele uma necessidade tremenda que não dá nunca pra acabar.

Sente vergonha por não ter lido: O Mundo de Sofia! Tenho o exemplar (acabado) de mamãe e abandonei a leitura cem páginas depois de ter começado, cinco anos atrás.

Não suporta: eu diria Crepúsculo, mas a verdade é que, hm, eu já li os três primeiros livros da série. O que certamente não me impede de não suportar, tenham certeza!

Para os apaixonados: Orgulho e Preconceito, inevitável, né.

Livro sensual: A Insustentável Leveza do Ser, leiam todos, sim? Disparado a minha melhor leitura desse ano.

Para quando quiser ficar feliz: Tomates Verdes Fritos, ainda que a história seja um drama, os capítulos são tão bem-humorados que parece que você tá nadando num mar de rosas.

Para quando faltar esperança: O Morro dos Ventos Uivantes? Acho que faz a pessoa encarar a própria vida com olhos mais alegres, haha.

Livro que ganhou e nunca leu e nem vai ler: Quem Não Lê Não Vê, mas minha nossa!

Para quando for preciso paciência: Os Três Mosqueteiros, porque eles nunca estão felizes e livres da ação, sempre tem um vilão na mira – até o final, pelo menos.

Livro que comprou e nunca leu: eu venho tentando ler todos os livros que tenho aqui e ficar sem comprar novos até conseguir, ou então me livrar (vendendo e dando) dos que eu de fato não vou ler. Tem Eugênia Grandet, do Balzac, e Memórias de um Sargento de Milícias.

Biografia: Retalhos, os quadrinhos mais lindos desse mundo!

Para garotas: Luna Clara & Apolo Onze, meu livro recorde de presentes.

Difícil: José Saramago, não consigo me dar bem com o jeito que ele escreve, fico toda perdida! Nunca li Ensaio sobre a Cegueira, mas comecei Ensaio sobre a Lucidez e a coisa não engatou.

Para quem gosta de escrever: um livro em branco.

Leitura de teatro: só li um único livro de teatro na minha vida, pro vestibular do ano passado, mas aconselho a todos vocês a doce peça de três cabeças que ainda escreverei para o Natal desse ano!

Conto gostoso de ler: não costumo gostar de contos, mas a Clarice Lispector escreve uns lindos. (Os Desastres de Sofia, oun!)

Não conseguiu terminar: Quincas Borba. Comecei a ler em véspera de prova de Literatura, fui pra prova pulando montes de capítulos até a última frase e perguntando a todo mundo o que acontecia no final e nunca retomei de onde parei. Exceção!

Está na fila: Um Estranho no Ninho e É Claro que Você Sabe do que Está Falando.

Livro que daria de presente: Luna Clara & Apolo Onze é o que mais dou, estou até aqui com um exemplar esperando um presenteado (quem sabe não é você?), mas sempre depende da pessoa. A Garota das Laranjas também é uma delícia de presentear, assim como O Guia do Mochileiro das Galáxias.

Pérola encontrada nos sebos: A Morte do Almirante, um livro escrito por um clube de escritores de romance policial do qual a Agatha Christie participava! Cada capítulo foi feito por um autor diferente, e no final do livro tem uma solução diferente da morte para cada capítulo, que cada autor escreveu, sem saber das soluções dos outros. Genial!

O que está lendo agora: O Lobo da Estepe, que ganhei de meu pai quando o visitei nas férias.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Toc toc toc

Estava voltando calmamente para casa, dando passadas longas e suspirando.
Pensando no amor.
Uma mulher me aborda:
– Minha filha, minha filha! Você vai pegar essa rua aí à esquerda? Não, não!
– Vou não...
– Oh meu deus, então tudo bem, mas olha, tome cuidado! Acabei de passar ali e um cabra safado tentou agarrar duas garotas, oh meu deus, esse povo que só pensa em coisa ruim, e ele tava de moto! Fique de olho nas motos! Aí elas gritaram e saíram correndo, eu apertei o passo também, sabe-se lá, né. Corre aí!
– Brigada por avisar! Tchau!
É a realidade sempre fazendo questão de realçar que não necessariamente o amor se encaixa na vida.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quantos anos eu tenho mesmo?

Ontem saí de casa de unhas recém-cortadas, dei uma paradinha na rua para admirar minhas mãos, fiquei felicíssima e parti pra segunda-feira. É sempre um alívio cortar as unhas porque eu me machuco com unhas compridas.
Foi só ter pausa para a professora discursar que olhei pra minha mão e notei uma única unha excepcionalmente não-cortada. A do polegar.
Um garoto se recusou a cortá-la pra mim com minha tesoura de papel sem ponta, veio com papo de que tinha trauma de cortar unhas, que quando era criança a mãe ficava puxando ele para a hora de cortar as unhas e ele sofria, fez caretas, aí deixei pra lá.
Falei com outro menino e ele aceitou tão calmamente, pegou minha mão e ficou lá cortando como se fosse a coisa mais normal do mundo. Não, todos os dias alguma garota me pede para cortar a unha do polegar dela. Eu só me justificando e ele lá, cortando. Fez até questão de puxar minha pele e cortar os cantinhos.
Aí já viu né, me apaixonei.